Uma visão mais Justa dos Mandamentos da Torah
INTRODUÇÃO
Vamos a uma
série de meditações baseadas em Êxodo 20: 1ss. Não é minha intenção trazer peso
a congregação, ao contrário, quero compartilhar paz.
Então,
nosso propósito é demonstrar o que Jesus, o Filho de Deus, pensa sobre os 10
mandamentos e transmitir-lhes a intenção do Pai naquelas leis. Você descobrirá
que a Lei te leva a Cristo e que pelo Espírito Santo, entenderá qual a real
intenção de Deus na regulamentação da vida humana na terra.
Antes de
qualquer julgamento sobre o porque deste estudo, uma vez que alguém creia que a
Lei não deve ser levada mais em conta, o leitor/estudante deve ler os primeiros
capítulos, onde fundamento razões e explicações iniciais.
Os 10
mandamentos, na verdade devem ser conhecidos como as 10 DECLARAÇÕES, daí vem a
expressão Decálogo = deka + logia ou logos = 10 + discurso ou palavra.
Depois de
explicar o propósito de Deus com o decálogo, ao longo do estudo faço aplicações
ao dia a dia, visando levar cada um entender que tais declarações não tem
finalidade de reger vida religiosa, mas conduta de indivíduos, inseridos num
contexto social de uma nação teocrática.
1.
OS MANDAMENTOS NOS LEVAM A CRISTO
=> Precisamos
entender os 10 mandamentos, hoje, como um código de conduta e melhora nas
relações humanas. Não podemos depender deles para nos justificamos diante de
Deus, porque, conhecendo a Lei, descobrimos como falhamos.
Romanos 3:19-24 – “Ora,
sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale
toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será
justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno
conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus
testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus
Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus...”
Romanos 10:4 – “Porque
o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.
=> Não nos esqueçamos de que somos justificados
pela fé em Cristo.
Efésios 2:8-10 – “Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em
Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas”.
=> Se os
mandamentos de Deus nos fazem conhecer o pecado, então por que devemos
estuda-lo?
O propósito
desta palavra não é que você esteja sob o peso da LEI, da TORAH, mas que o
Espírito Santo lhe conduza no coração do Pai, a fim de que “Cristo habite no vosso coração, pela fé,
estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender,
com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para
que sejais tomados de toda a plenitude de Deus”. (Efésios 3: 17-19).
=> Tudo
porque os Mandamentos nos levam a compreender que somos convidados a Amar a Deus e ao próximo.
O amor de Deus, não o nosso, é o meio
pelo qual, de como os 10 mandamentos podem ser entendidos.
2.
PROPÓSITO INICIAL DOS MANDAMENTOS
Deus não estabeleceu
os 10 mandamentos como um peso sobre os homens. O pecado do homem dinamizou
este peso, colocado pela religião. A religião misturou o código de conduta, com
as leis cerimoniais, na vida de Israel.
Os 10
mandamentos são, na verdade, 10 DECLARAÇÕES de Deus, que expressam sua vontade.
Essas declarações devem ser
encaradas como um código de conduta e a Constituição
do Reino de Deus. A religião criou um peso. Jesus, no evangelho de Mateus,
nos traz novas luzes sobre o propósito do Pai, quando estabeleceu a LEI –
TORAH. Ele nos reinterpreta, orientando que o propósito do Pai sempre foi a
Graça. Israel foi escolhido pela graça – um favor imerecido – a fim de receber
a benção da herança de salvação.
O propósito
principal, o centro de tudo, das declarações é que os homens temam e amem a
Deus, não que tenham medo dEle.
Que os homens se respeitem e amem uns aos outros. Assim, vejamos alguns
resumos dos 10 mandamentos.
Deuteronômio 6:5-7 – “Amarás,
pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a
tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”.
Deuteronômio 10:12-14 – “Agora,
pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu
Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu
Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos
do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? Eis que os
céus e os céus dos céus são do SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há”.
Mateus 22:37-40 – “Respondeu-lhe
Jesus: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e
de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo, semelhante a este,
é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda
a Lei e os Profetas”.
3.
MANDAMENTOS SOB O OLHAR DO ESPÍRITO SANTO
a) Você não poderá, de maneira
nenhuma, entender o plano de Deus, a partir dos 10 mandamentos, se o Espírito
Santo não lhe guiar através deles.
b) Também não poderá entender o mover
de Deus através deles, se não compreende-los a partir do entendimento que Jesus
nos dá e que o Espírito Santo nos guiará.
c) Toda a Lei se resume, segundo o
costume judaico e a afirmação de Jesus, no seguinte:
Lucas
10: 27-28
– “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu
entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse:
Respondeste corretamente; faze isto e viverás”.
- O que
Jesus está dizendo? Que a salvação vem pelas obras da Lei?
- Não,
absolutamente não! Mas que o centro de todo o mandamento é: AMARÁS!!!
- Ninguém
conseguirá isto, sem que o ESPÍRITO SANTO DE DEUS, lhe ajude.
Embora os
10 mandamentos ou 10 declarações se resumem ao exposto em Lucas 10: 27-28,
devemos corrigir isto em nosso tempo, baseado no fato do que Jesus disse em
João 13: 34 – “Um novo mandamento vos
dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis
uns aos outros”. Combinando isto com o resumo das 10 declarações chegamos a
conclusão que eles se resumem a: “Amarás ao Eterno, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo teu entendimento
e amarás ao próximo como Jesus Cristo nos amou”.
4.
COMPREENDA O PRIMEIRO MANDAMENTO
Êxodo 20:
1ss
a) Duas Formas de Ver
>> Segundo o
meio evangélico e católico o 1º mandamento é:
- “Não
terás outros deuses diante de mim” – versículo 3
>> Para a
Cultura bíblico-judaica o 1º mandamento é:
- “Eu
sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”
– versículo 2.
>> Vamos adotar
o que Deus deseja de nós a partir da visão judaica, porque, segundo Jesus, “a
salvação vem dos judeus”. Nesse propósito, devemos deixar de ver como a tal
igreja romana interpreta as 10 Declarações, mas como o povo de Israel o vê.
Este é 1º dos 10 Mandamentos ou a 1ª
das 10 Declarações.
- “Eu sou
YAHWEH (O Eterno), teu ELOHIM” – Eu sou o
SENHOR, teu Deus.
Quando
Deus se revelou a Moisés no Monte Sinai disse que era o EU SOU. Então, quando
entrega a Moisés as 10 declarações, Ele está dizendo que não foi outro Deus que
se revelou a Moisés. Se identifica ao
povo de Deus a fim de manifestar a eles que ele não é um deus, Ele é DEUS! Até
então eles conheciam todo tipo de deuses que se apresentavam no Egito. Deuses
que representavam todo tipo de coisa, mas que nenhum deles se revelou ao povo
de Israel.
>> Esse é o
Deus que servimos, que se revelou na pessoa de Jesus. Ele é o Deus YAHWEH, que
se fez carne e habitou entre nós.
- “...que te
tirei da terra do Egito, da casa da servidão” – Então esclarece que esse YAHWEH
é o que libertou o povo do cativeiro.
>> É o mesmo
Deus, que tal qual libertou Israel do cativeiro egípcio, nos libertou do
cativeiro do pecado, porque éramos escravos do pecado. Assim como houve uma
páscoa que marcou a retirada do povo do Egito, assim houve uma páscoa que
marcou nossa libertação das mãos de satanás, das mãos do pecado.
A
identificação deste Deus, neste caso, se trata porque Ele é diferente dos
falsos deuses, que Israel conheceu no Egito. É diferente dos falsos deuses de
outras nações daquela época. Todos os deuses pediam grandes sacrifícios.
Crianças eram lançadas no fogo em oferta ao deus Moloque. Crianças eram jogadas
no Rio Nilo, em oferta a deuses como Isis, Osíris e divindades que “governavam”
os jacarés do Nilo.
O Deus que
servimos nos orienta que o primeiro mandamento é reconhecê-lo como Deus. Que só
ele é Deus e não há outro. Toda nossa vida cristã, bem como toda a vida judaica
é baseada no princípio de que não há outro Deus.
Finalmente,
o mesmo Deus que tirou Israel da casa da servidão no Egito, é o mesmo que nos
tira da servidão do pecado e nos livra da mão de satanás. O Deus que servimos,
de modo completamente diferente, ofereceu-se em sacrifício pelos nossos pecados, quando se fez homem e nos
libertou.
b) O Primeiro Mandamento Governa
Todos Os Outros
>> Todo o
conceito que temos cristão/judaico do decálogo, chamado MONOTEÍSMO ÉTICO é
baseado no fato que toda orientação ética para nossa vidas não vem de uma ideia
humana, mas de um Deus que se chama O Eterno - Yahweh
>> Estes
mandamentos formam a constituição do Reino de Deus, porque não somos governados
por vontade humana, mas pela vontade de Deus. Toda nossa vida se baseia no fato
de que:
- Temos um só Deus
- Somos governados por Ele
- Ele é o Rei de Glória
- Não há outro Deus
- O princípio de nossa existência vem
dele e somos filhos dEle.
>> Em todas
as demais religiões, as pessoas são obrigadas a fazerem coisas para seu deus.
YHAWEH não. Ele deseja que nossa vida seja vivida de maneira ética e moral para
com nossos semelhantes. Não é religião: é um estilo de vida.
>> Alguns
pensam que os 10 mandamentos giram em torno de Deus e como viver uma vida
religiosa em torno dEle. Não! Os 10 mandamentos visam orientar a maneira que
nos relacionamos com as pessoas, para que seja baseada no amor que temos para
com Deus e de como ele nos ama. EU TE TIREI DA CASA DA SERVIDÃO.
5.
COMPREENDA O SEGUNDO MANDAMENTO
> Êxodo 20:
3 – “Não terás
outros deuses diante de mim”.
Os
versículos 4 a 6 são explicações de como não ter outros deuses diante do
Eterno.
>> Antes de
tudo devemos compreender que Moisés está transmitindo a vontade de Deus, não a
dele mesmo. O decálogo, como é conhecido, vem do Deus Eterno.
à O Eterno
diz: “Por favor, você não precisa ter nenhum Deus além de mim”. Ele está
dizendo que só Ele é Deus e não há nenhum outro.
Devemos
nos lembrar do que houve com Elias no monte Carmelo e de como o povo terminou
dizendo: SÓ O ETERNO É DEUS!
Isaías
nos lembra, revelando a palavra de Deus, dizendo: Isaías 45:5-7 – “Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te
cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol
e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”.
5.1- Este mandamento não foi
compreendido por alguns.
a)
Você não
deve fazer imagens de adoração de nada que seja criatura: qualquer
coisa que seja do céu, da terra, das águas ou mesmo debaixo da terra.
b)
Não deve prostrar-se, curvar-se. Tais
palavras querem dizer que NÃO deve adorar de maneira alguma tais coisas.
c)
A Maioria das pessoas imaginam que este
mandamento não tem a ver com este tempo, porque, praticamente não temos imagens
de escultura a ser adorada, porque todos os “deuses” antigos e suas imagens
foram desmascarados.
d)
Porém a adoração que muitos prestam hoje, é
a coisas humanas: dinheiro, amor, educação, cantores gospel.
>> O Deus
Eterno é o padrão único para que todos entendam que somos de um só, criados por
um só e que somos irmãos uns dos outros. A ideia de ter outro deus faz que
aquele que serve a outro deus seja melhor que os outros. Se temos um só Deus e
estamos sob seu comando, então entenderemos que todos somos iguais perante ele
e que todos fazemos parte da raça humana, criada por um só Deus, que é Pai de
todos.
>> Ter um só
Deus, cria um só padrão moral, igual para todos. Ter outro Deus indica que
aquela pessoa poderá ter outro padrão moral. Isto destrói uma sociedade. Se
Deus diz que matar é errado, será para todos. Mas outro “deus” poderá ter
padrão diferente. Isso permitirá guerras entre povos, por razão de uma
divindade guerrear com a outra.
>> Educação –
Este não pode ser o padrão moral. Pessoas muitos cultas, no passado, já
destruíram seu povo, cometendo genocídio. Comunistas já fizeram isto na China e
na União Soviética. Os nazistas eram pessoas altamente instruídas. Isto não
impediu que matassem negros e judeus. O fato de alguém ser doutor em alguma
coisa, nunca garantirá que ame mais, que seja mais justo ou coisa parecida.
5.2 – Jesus Cristo É O Padrão Do
Segundo Mandamento
“Eu
sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai se não por mim”.
a) Os judeus não aceitam Jesus como
Deus, por causa deste mandamento. Entendiam que Jesus se dizia “outro” deus. Na
verdade Jesus se apresentou a eles como filho de Yahweh ou o próprio, mas eles
não compreenderam.
b) Mas Jesus não é outro deus... é o
mesmo Deus. Ele é a imagem daquele Deus invisível, que deve ser adorado. Jesus
é o mesmo que criou todas as coisas.
c) Não é outro deus. Jesus é o Deus
Eterno que se fez homem e habitou entre nós. Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo. O que o homem não poderia fazer, o Deus Eterno o
fez.
d) Nenhum outro Deus há que faça
isto. Dar o seu próprio Filho pelos que criou. Fomos criados a imagem deste
Deus. Por isto ele nos Salva. Por isto seu nome é YESHUA – Jesus – O Eterno
Salva.
6.
COMPREENDENDO O TERCEIRO MANDAMENTO
> Êxodo 20: 7 – “Não tomarás (CARREGARÁS) o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o
SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
Muita gente pensa que tomar o nome de
Deus em vão é pronunciar indevidamente este nome.
>> O
Israelita entende que nunca deve pronunciar o NOME. Este nome é YAHWEH – o nome
do Eterno, o Eu Sou. – Explicar o que faz um judeu
Porém
este mandamento traz consigo uma consequência: Jamais será inocente. Vários
mandamentos orientam. Um deles traz promessa. Mas este traz um tratamento
forte. Ele é considerado o mais grave de todos os pecados: usar indevidamente o
nome de Deus!
a)
Pecado Mais
grave
Existe
pecado mais grave que o outro? Para muitos, Deus considera todos os pecados
iguais. Isto é um equivoco! Quem rouba uma galinha, nunca terá cometido o mesmo
pecado de um assassinato! Claro que tanto você, como Deus consideram pecados
diferentes. No NT encontramos que há pecados que são mais graves.
Jesus diz
que a blasfêmia contra o Espírito Santo não haverá perdão. Os apóstolos dizem
que há pecado que não se deve orar pelo pecador – 1 João 5: 16. A conclusão é
obvia: É claro que existem pecados mais graves que o outro!
Dos 10
mandamentos, este é tido como a violação dele como gravíssima, quando alguém
faz o mal em nome de Deus. Porque a tradução correta é Não CARREGARÁS,
não LEVARÁS, Não SUSTENTARÁS. A palavra hebraica é NASAH ou NASHAH.
Quando uma
pessoa não crente faz uma maldade isto não depõe contra Deus, mas quando um
crente faz algo mal em nome de Deus isto o desonra. Isto faz com que as pessoas
percam a confiança em Deus. Isto é grave.
>> O Salmo 23
diz que o Eterno me guia pelas veredas de justiça por amor ao seu nome.
>> Jesus fez
de tudo para que o nome do Pai fosse honrado, por isto foi exaltado.
Exemplo de
fazer o mal em nome de Deus encontramos no islamismo e o cristianismo no
passado. Deus não tem prazer na morte de ninguém. Ele nem quer que o pecador se
perca. Sua palavra diz que o Eterno “é longânimo,
não querendo que nenhum se perca, senão que todos venham à salvação”.
b)
A falha da
Autoridade
Este tema é
interessante, porque levar o nome de Deus em vão potencializa o pecado da
autoridade. Quando alguém está em posição de autoridade na igreja e declara
algo em nome do Senhor, deve se responsabilizar pelo que diz. Como está
escrito: o profeta que tem uma visão CONTE A VISÃO. Isto porque o profeta pode
começar pelo que Deus lhe revelou e terminar com aquilo que Deus não lhe
revelou, porque agregou sua interpretação legalista e/ou religiosa, o que Deus
não lhe falou. Isto é tomar o nome de Deus em vão, porque está dizendo algo que
Deus não falou, mas está levando o nome de Deus em vão. Adicionou algo a
revelação.
As pessoas
que andam em submissão à autoridade na igreja, devem aprender a ficar
tranquilas. Quando uma autoridade peca “em nome de Deus” ela, simplesmente, não
será inocente. Sua falha terá de ser tratada! Os que andam em submissão não devem
se rebelar, porque Deus irá tratar do líder que está levando o nome de Deus em
vão.
Não
deixemos de observar o que disse Jesus: “Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor!
Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos
demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi
explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a
iniquidade”. Mateus 7:
21-23. Essas pessoas são rejeitadas porque elas usaram o nome de Deus em vão.
Usaram para promoção e benefício pessoais e, portanto, de maneira egoísta. Deus
não se agrada quando alguém não o glorifica, mas toma a glória dEle para si mesmo.
7. AS DEZ DECLARAÇÕES
DE DEUS
Relembre: são 10 Declarações do
Eterno Deus, ou YAHWEH ELOHIM. Estamos estudando a partir do ponto de vista de
Jesus e não do ponto de vista dos judeus. Então relembre alguns pontos.
Estamos adotando os 10 mandamentos segundo a cultura bíblico-judaica, para
entender qual o 1º mandamento. Daí é
semelhante a visão greco-romana cristã.
1º
à
Êxodo 20: 2 – “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão”
2º
à Êxodo
20: 3-6 – “Não terás outros deuses...”
3º
à
Êxodo 20: 7 – “Não carregarás o Nome do Eterno teu Deus em vão”
4º
à
Êxodo 20: 8-11 – “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”
5º
à
Êxodo 20: 12 – “Honra a teu pai e tua mãe...”
6º
à
Êxodo 20: 13 – “Não assassinarás.”
7º
à
Êxodo 20: 14 – “Não adulterarás”
8º
à
Êxodo 20: 15 – “Não furtarás”
9º
à
Êxodo 20: 16 – “Não dirás falso testemunho contra teu próximo”
10º
à
Êxodo 20: 17 – “Não cobiçarás...”
7.1
– Reveja O Primeiro Mandamento
Este é 1º dos 10 Mandamentos ou a 1ª
das 10 Declarações.
a)
“Eu
sou YAHWEH (O Eterno), teu ELOHIM” – Eu
sou o SENHOR, teu Deus.
Quando Deus se revelou
a Moisés no Monte Sinai disse que era o EU SOU. Então, quando entrega a Moisés
as 10 declarações, Ele está dizendo que não foi outro Deus que se revelou a
Moisés. Se identifica ao povo de Deus a
fim de manifestar a eles que ele não é um deus, Ele é DEUS! Até então eles
conheciam todo tipo de deuses que se apresentavam no Egito. Deuses que
representavam todo tipo de coisa, mas que nenhum deles se revelou ao povo de
Israel.
>> Esse é o Deus que servimos, que se
revelou na pessoa de Jesus. Ele é o Deus YAHWEH, que se fez carne e habitou
entre nós.
b)
“...que
te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” – Então esclarece que esse
YAHWEH é o que libertou o povo do cativeiro.
>> É o mesmo Deus, que tal qual
libertou Israel do cativeiro egípcio, nos libertou do cativeiro do pecado,
porque éramos escravos do pecado. Assim como houve uma páscoa que marcou a
retirada do povo do Egito, assim houve uma páscoa que marcou nossa libertação das
mãos de satanás, das mãos do pecado.
O Deus que servimos, nos orienta que
o primeiro mandamento é reconhecê-lo como Deus. Que só ele é Deus e não há
outro. Toda nossa vida cristã, bem como toda a vida judaica é baseada no
princípio de que não há outro Deus.
O povo do VT na casa da servidão no
Egito, é uma tipologia do que está no NT: o Deus Pai que nos tira da servidão
do pecado e nos livra da mão de satanás. Para tal ideia é importante ler
Colossenses 1: 12-13.
7.2
– Revendo O Segundo Mandamento
> Êxodo 20: 3 – “Não terás outros deuses diante de mim”.
Os versículos 4 a 6 são explicações de
como não ter outros deuses diante do Eterno.
a)
Você
não deve fazer imagens de
adoração de nada que seja criatura: qualquer coisa que seja do céu, da terra,
das águas ou mesmo debaixo da terra.
b)
Não
deve prostrar-se, curvar-se. Tais palavras querem dizer que NÃO deve adorar de
maneira alguma tais coisas.
c)
A
Maioria das pessoas imaginam que este mandamento não tem a ver com este tempo,
porque, praticamente não temos imagens de escultura a ser adorada, porque todos
os “deuses” antigos e suas imagens foram desmascarados.
d)
Porém
a adoração que muitos prestam hoje, é a coisas humanas: dinheiro, amor,
educação, cantores gospel.
>> O Deus Eterno é o padrão único para
que todos entendam que somos de um só, criados por um só e que somos irmãos uns
dos outros. A ideia de ter outro deus faz que aquele que serve a outro deus
seja melhor que os outros. Se temos um só Deus e estamos sob seu comando, então
entenderemos que todos somos iguais perante ele e que todos fazemos parte da
raça humana, criada por um só Deus, que é Pai de todos.
>> Ter um só Deus, cria um só padrão
moral, igual para todos. Ter outro Deus indica que aquela pessoa poderá ter
outro padrão moral. Isto destrói uma sociedade. Se Deus diz que matar é errado,
será para todos. Mas outro “deus” poderá ter padrão diferente. Isso permitirá
guerras entre povos, por razão de uma divindade guerrear com a outra.
7.3 – Lembrando O Terceiro
Mandamento
> Êxodo 20:
7 – “Não tomarás (CARREGARÁS) o nome do
SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o
seu nome em vão”.
Muita gente pensa que tomar o nome de
Deus em vão é pronunciar indevidamente este nome.
>> O
Israelita entende que nunca deve pronunciar o NOME. Este nome é YAHWEH – o nome
do Eterno, o Eu Sou. – Explicar o que faz um judeu
Quando uma
pessoa não crente faz uma maldade isto não depõe contra Deus, mas quando um
crente faz algo mal em nome de Deus isto o desonra. Isto faz com que as pessoas
percam a confiança em Deus. Isto é grave.
....> O Salmo 23
diz que o Eterno me guia pelas veredas de justiça por amor ao seu nome.
....> Jesus fez
de tudo para que o nome do Pai fosse honrado, por isto foi exaltado.
Exemplo de
fazer o mal em nome de Deus encontramos o islamismo e o cristianismo no
passado. Deus não tem prazer na morte de ninguém. Ele nem quer que o pecador se
perca. Sua palavra diz que o Eterno “é longânimo,
não querendo que nenhum se perca, senão que todos venham a salvação”.
Existe
pecado mais grave que o outro? Para muitos, Deus considera todos os pecados
iguais. Isto é um equivoco! Quem rouba uma galinha, nunca terá cometido o mesmo
pecado de um assassinato! Claro que tanto você, como Deus consideram pecados
diferentes. No NT encontramos que há pecados que são mais graves.
Jesus diz
que a blasfêmia contra o Espírito Santo não haverá perdão. Os apóstolos dizem
que há pecado que não se deve orar pelo pecador – 1 João 5: 16. A conclusão é
obvia: É claro que existem pecados mais graves que o outro!
Dos 10
mandamentos, este é tido como a violação dele como gravíssima, quando alguém
faz o mal em nome de Deus. Porque a tradução correta é Não CARREGARÁS, não LEVARÁS, Não SUSTENTARÁS. A
palavra hebraica é NASAH ou NASHAH.
8. COMPREENDA O QUARTO MANDAMENTO
> Êxodo 20: 8 – “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”.
- Os versículos 8 a 11 são
explicações de como santificar o sábado, dia de descanso.
- Antes
de tudo devemos compreender que Moisés está transmitindo a vontade de Deus, não
a dele mesmo. O decálogo, como é conhecido, vem do Deus Eterno.
- O
Eterno diz: “Por favor, vocês devem separar o sábado. Não se esqueçam disto”.
Ele está dizendo que Ele é um modelo de como reservou o sábado para DESCANSAR.
Como já destacado aqui. O sábado foi
criado por causa do homem e não o inverso. Jesus nos esclarece isto no NT. O
Filho do Homem é Senhor do sábado.
Tire o sábado do foco religioso e
coloque-o no aspecto importante. Escravo não tem dia de descanso. O primeiro
mandamento nos lembra: fomos retirados da vida de escravidão. O propósito é que
tanto o israelita e qualquer pessoa ou animal que estaria com ele, desfrutaria
de um dia de descanso. Até com os animais, Deus se preocupa.
Quando olhamos as palavras de Jesus
no NT, podemos compreender o plano de Deus para o dia de descanso. Sim – DIA DE
DESCANSO, assim deve ser visto. Em Lucas 13: 10-16 encontramos uma afirmação
emblemática de Jesus: “Por que
motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de
Abraão...?”.
A ideia religiosa de violar o sábado, fazia que alguns doutores da lei
enxergassem o dia em si como mais importante que a pessoa. Jesus a chama de
filha de Abraão, porque esclarece que ela é parte do Reino de Deus e está
debaixo dos planos de Deus. Do mesmo modo em Lucas 6: 1-11 Jesus estabelece que
o ser humano é mais importante que o dia em si.
O sábado é um dia de descanso para
pessoas que tem mentalidade de pessoas livres e não escravas. Um escravo não
tinha dia de descanso. A instituição do sábado é uma regra que visa dar
felicidade às pessoas. Vemos que a orientação do Eterno, no verso 10 de Êxodo
20, era que nem os donos da casa, nem
seus filhos, nem ainda seus empregados deviam trabalhar, mas descansar. O fato
é tão amplo que o plano de Deus visa até o cuidado com os animais, que devem
descansar. Deus não está preocupado com o dia em si, como peça de uma religião
sacrificial, mas de um direito a ser desfrutado por todos. Deus estabelece esta
“obrigação” de descanso, visando o direito individual a ter um dia, ao menos,
para desfrutar de sua família. Até os servos tinham direito a não trabalhar, a
fim de reporem suas energias. Pessoas que trabalham initerruptamente, que não
desfrutam de lazer, descanso ou reposição de energia, estão com sérias
probabilidades de desenvolverem stress emocional, que leva a depressão.
Famílias que não tem oportunidade de seus membros estarem juntos para
interagirem uns com os outros cria desamor e fere o privilégio dos filhos desfrutarem
de seus pais e vice-versa. Um dia de descanso é extremamente salutar para a
manutenção da saúde emocional, afetiva e também espiritual.
Levítico capítulo 25, também nos
ensina que Deus havia solicitado a Israel que deveria ter um período sabático
para a terra. Expressamente o Eterno pede, que ao entrarem na terra prometida,
deveriam plantar por 6 anos, mas no sétimo ano deveriam deixar a terra
descansar. O sábado, nada mais é do que um descanso após 6 dias, ou após 6
anos. Deus fez tudo isto, pensando em como o homem poderia desfrutar bem de
tudo quanto Deus lhe deu.
9. PROMESSA NO QUINTO MANDAMENTO
> Êxodo 20:12 – “Honra
teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR,
teu Deus, te dá”.
> Efésios 6: 2-3 – “Honra
a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te
vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”.
Observando o texto de Efésios e as
palavras de Jesus entendemos que, não somente este mandamento – Declaração –
ainda vale, senão todos os demais.
>> Temos dois
aspectos a entender nesta 5ª Declaração, expostos por Jesus. Precisamos
aprender a saber quando Deus vem antes da família e em que circunstância isto
se aplica.
Lucas 9: 59-62 – “A outro disse Jesus:
Segue-me! Ele, porém, respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas
Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém,
vai e prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas
deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que,
tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”.
Jesus, nesta passagem bíblica e,
nestes casos, nos ensina que a família não pode ser impedimento a anunciar o
Reino de Deus.
No primeiro caso, enterrar o pai, é
deixar de fazer a vontade de Deus para até o momento que o pai se for. Esperar
até que ele seja o cabeça da casa. Não! Quando Deus escolheu a Davi como rei,
não esperou que o mesmo crescesse mais. Ainda quando tinha 16 ou 17 anos o
ungiu rei. Para Deus, ele já era ungido perante os seus. Não foi levado em
conta o que o pai Jessé pensava ou acreditava.
No segundo caso, leva em conta a
autorização e a cura do próprio na família pra ele cumprir o chamado. Jesus
esclarece, segundo o costume da época. Você não pode esperar que as
marcas de sua família o impeçam de seguir a vontade de Deus, nem esperar que
ela te autorize.
Marcos 7:9-13 – “Jeitosamente rejeitais
o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. Pois Moisés disse:
Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja
punido de morte". Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a
sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto
é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor
de seu pai ou de sua mãe, invalidando a palavra de Deus pela vossa própria
tradição, que vós mesmos transmitistes...”. O
problema aqui é a RELIGIÃO, igreja, na frente dos pais.
Neste mandamento Deus está
interessado na felicidade dos pais e dos filhos. Honrar o pai e a mãe tem
um motivo e um benefício: prolongar os dias de prosperidade
e disfrute na terra que o Senhor dá.
- Observe!
Você desfrutará daquilo que Deus te dá e ainda terá prolongada a oportunidade
de desfrutar desta benção.
- Você
cria uma sociedade, onde o respeito é aprendido, desde o lar Isto não tem
a ver com religião, tem a ver com RELACIONAMENTO FAMILIAR. As sociedades
chinesas e japonesas são conhecidas pela honra que se desenvolve aos pais e,
por conseguinte, aos idosos.
Este mandamento não manda que
amemos os pais, embora devamos fazer. Mas há casos que isto é difícil, por
causa da maneira dura que filhos são tratados. Mas a honra é algo que produzirá
um efeito positivo na sociedade. Há muitos casos que mães
trouxeram benção a sua família, porque apesar de o marido, pai de seus filhos,
ser uma pessoa de difícil relacionamento e de dura cerviz, ela se colocou no
caminho da desonra, solicitando a seus filhos que, independente disto,
respeitassem e honrassem. Eles não conseguiam entender seu pai ou mesmo, não o
amavam, mas aprenderam a honra, graças a uma mulher sábia.
à 1º - Esse princípio nos ensina o
respeito a autoridade dos pais
à 2º -
Podemos ter nossos pais como amigos, mas eles não são nossos amiguinhos pra
trata-los de qualquer maneira.
à 3º -
Muitos pais fazem coisas para serem amados por seus filhos. Isto pode ser
interessante, mas ele transferirá para Deus essa falsa intimidade. Honrar não é
temer, é respeitar.
à 4º -
Ensine seu filho(a): Ele poderá até ter um dia mais conhecimento e cultura, mas
sempre o respeitará, o honrará.
à 5º -
É muito difícil honrar a Deus, se não aprendemos a honrar nossos pais. Até
Freud, pai da psicanálise, entende que transferimos para Deus ou uma autoridade
futura o que sentimos para com nossos pais. Então, honre seu pai, isto
facilitará sua vida com Deus!
Quando há peleja e confusão entre
irmãos, isto traz desonra aos pais, pois, qual é o pai e a mãe que tem prazer
em ver seus filhos brigarem entre si? Do mesmo modo, a postura dos pais em
relação a seus próprios pais, transmite ensinamento aos filhos. Quando seu filho percebe a maneira honrosa que você trata
seus pais, tenderá a tratar você respeitosamente assim.
10. COMPREENDENDO O SEXTO MANDAMENTO
è Êxodo 20: 13 – “Não ASSASSINARÁS”.
Muita gente pensa que matar é o mesmo que
assassinar, mas não é. Por isto, entre os judeus e americanos a pena de
morte é válida.
רצח – ratsach é matar com
dolo, assassinar, cometer homicídio.
הרג – “harag” é
matar, executar... como os primogênitos do Egito
חטשׂ – “shachat”
é matar, abater, como matar um animal para comer –
um cabrito
טבח – “tabach” é
também abater, como matar uma rês.
מות – “muwth” quer
dizer morrer, matar, ou executar, de modo semelhante a harag.
è O
Israelita entende que há várias maneiras de matar, mas só uma de
assassinar.
a) Uma destas maneiras está o matar como execução
è Êxodo 23: 6-7 – “Não
perverterás o julgamento do teu pobre na sua causa. Da falsa acusação te
afastarás; não matarás (executarás) o
inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio”. O verbo aqui é
- הרג – “harag”.
b) Pode-se matar com sentido de abater
- tal
como חטשׂ – “shachat”
- ou
como טבח – “tabach”
c) Porém em Êxodo 20: 13 o verbo usado é רצח – ratsach: assassinar,
matar com dolo, ou cometer homicídio.
11. O QUE
JESUS DIZ SOBRE O SÉTIMO MANDAMENTO
Verso 14
Originalmente o texto diz “não
cometerás adultério”. Entretanto, como se comete adultério? Neste caso,
qualquer pessoa casada que se envolve de alguma maneira sexual com outra, fora
de seu relacionamento conjugal, comete adultério. Jesus, no NT, aplica a este
mandamento alguns entendimentos dele, que são absolutamente importantes. Mateus
5: 27-32 nos dá uma direção sobre essa questão do adultério, quanto ao pecado
em si.
Segundo Jesus, o olhar “mal
intencionado” já caracteriza adultério. Porém o adultério não é uma questão
masculina, envolve ambos os sexos e tal é descrito na TORAH com mais
especificidade. O simples fato de desejar uma relação adúltera, causa
desequilíbrio no relacionamento familiar. Devemos entender qual o propósito de
Deus neste mandamento.
a)
A causa do desequilíbrio familiar – olhando para alguns casos de
poligamia dos patriarcas podemos perceber a dificuldade causada pelo simples
fato de eles terem mais de uma esposa. Abraão teve muitos problemas entre Sara
e Agar. Até hoje existe uma peleja internacional, por causa de duas famílias
que surgiram a partir de Abraão, na geração de Isaque e Ismael.
b)
Deus instituiu a fidelidade no casamento – Desde o fato de que fez Adão e
Eva, Deus fez 1 para cada. Indica que
Deus nunca planejou a poligamia. Isto nos demonstra que a monogamia e a
heterossexualidade sempre foi um plano divino.
c)
O Respeito entre Livres – Entre pessoas livres, o princípio do
respeito a individualidade é fator importante. A infidelidade conjugal gera
sofrimento e marcas terríveis, não só nos cônjuges, mas também nos filhos.
Quando uma pessoa se move baseado no desejo adúltero e trabalha nesta direção,
parte de seu princípio de sabedoria é afetado. Uma vez que a família é a célula
mater da sociedade, sofrimento e desgraça no lar, causado por infidelidade
conjugal, gera uma sociedade
em crise.
d) O Divórcio está fora
dos planos de Deus –
Não precisamos ir tão longe para percebermos que o divórcio, em muitos casos, é
gerador de conflitos diversos. Crianças se sentem culpadas (embora não tenham
nada com isto) e precisam de ajuda e acompanhamento pastoral e/ou psicológico
para entender a dificuldade do relacionamento dos pais. Embora Jesus, nos
evangelhos, cite a infidelidade como oportunidade para o divórcio, não
determina assim. Para Jesus só pode haver divórcio em caso de infidelidade, mas
não é uma determinação, somente um direito, apenas isto!
e) Os efeitos da fidelidade – A construção de laços de
fidelidade no casamento, gera filhos mais honestos na sociedade e mais fieis
aos relacionamentos, tanto matrimoniais como sociais. Isto, levando em
consideração, que os cônjuges também devem agir com respeito e fidelidade em
seus relacionamentos sociais. O lar é um ponto de partida para a criação de uma
sociedade mais justa, onde o respeito aos valores dos outros é importante.
Crianças criadas em famílias onde o relacionamento matrimonial é estável, tende
a gerar pessoas mais estáveis e responsáveis.
A
fidelidade no casamento é um dos fatores mais importantes (não o único) na
geração de pessoas equilibradas e mais seguras como indivíduos. A fidelidade
torna homens e mulheres responsáveis uns pelos outros na geração das
necessidades materiais e emocionais. No caso do homem, transmite segurança a
mulher.
12. POR QUE NÃO FURTAR É IMPORTANTE?
Verso
15 – 8º Mandamento
Este
é um assunto muito importante dentro do tema dos 10 mandamentos. Simplesmente
porque este mandamento é o que engloba outros demais mandamentos. Ele não é
específico a um fato apenas, mas mais amplo, se não vejamos adiante.
Furtar
é uma palavra que quer dizer tomar, levar embora, roubar aquilo que não lhe
pertence ou não é seu direito. Com isto se aplica a vários outros mandamentos,
tais como:
·
O
assassinato é uma forma de roubar a vida de alguém
·
O
adultério é uma forma de furto do amor de alguém – no caso do cônjuge alheio
·
O
falso testemunho é roubar a dignidade e o respeito de alguém
·
A
cobiça é a geradora principal do furto no sentido amplo da palavra
Além
disto, furtar ou roubar se aplica a várias outras coisas, também:
·
Sequestrar
alguém – O sequestro é um furto
·
Roubar
a liberdade de alguém – escravidão
·
Roubar
sexo de alguém, quer por mentira ou abuso – Abuso e/ou Estupro
·
Roubar
os direitos autorais de alguém – alguns tipos de pirataria
·
Roubar
a dignidade, a confiança e o respeito de alguém – tipos de abusos moral
A
meta principal do assunto furto é o roubo de pessoas e tudo que se relaciona a
ela. A propriedade alheia é privativa e privada. Tomá-la sem permissão do outro
é furto, em qualquer situação! Não importa se é uma pessoa ou o estado que
toma. Esse mandamento prevê o respeito ao alheio e, portanto, uma sociedade que
respeita o que é alheio, torna-se mais justa e igualitária.
13. DIZER FALSO TESTEMUNHO OU MENTIR
Verso
16 – 9º Mandamento
A
palavra descrita aqui, neste nono mandamento ou nona declaração é quanto a
dizer ou dar um falso testemunho. Na maioria das leis nacionais uma falsa acusação
ou mentir em juízo é passível de punição porque ou acusa um inocente ou absolve
indevidamente um culpado. Isto é inadmissível em qualquer princípio jurídico
sério. Porém o falso testemunho contra alguém não envolve apenas o fato de uma
questão acusatória ou defensiva, mas também um ato geral de mentira, onde a
verdade não é tornada evidente.
O
princípio fundamental deste mandamento é – NÃO MENTIR! A mentira, portanto, é
uma violação aos planos de Deus para uma sociedade justa e equilibrada. A mentira
sempre cria desequilíbrios e gera injustiças. O plano de Deus é que a justiça
prevaleça. Por esta razão Jesus ensina Algumas coisas importantes.
ü
Vejamos
Mateus 5: 6 – “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão fartos”. Mateus
6: 33 – “mas
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas”. Nestas passagens Jesus estabelece que
desejar e buscar a justiça, mesmo a de Deus, resulta em fartura da mesma sobre
nós. Não se trata apenas de uma questão de semeadura, mas uma questão de
sobrevivência. Criar um ambiente de justiça requer que a verdade se estabeleça
como padrão.
Mentir
é escamotear ou esconder a verdade. Em muitos casos a omissão também é uma
forma de mentir, uma vez que a verdade liberta e a omissão dela, mantem pessoas
cativas de relacionamentos doentios, de situações perigosas e de uma vida falsa
diante de Deus. Quando alguém, pra vender um carro omite ou esconde um defeito
grave, poderá criar situação perigosa para o comprador e/ou usuário. Seria bom
aqui uma leitura do Salmo 15.
Não
dizer falso testemunho, portanto, é simplesmente, uma atitude de não se valer
da mentira para nada. Não é em vão que Paulo e João ensinam algo importante
sobre a mentira e os mentirosos. 1 Timóteo 1: 8-10 e Apocalipse 21: 8. De todo
modo, não esqueçamos sempre, o que o Jesus disse sobre a mentira. João 8: 44. A
mentira e o falso testemunho fazem parte do mesmo lugar, pertencem a mesma
pessoa que vai ser lançada no seu devido lugar!
Porém,
devemos tomar cuidado com a suposta verdade pessoal. Há muita gente que tem um
conceito pessoal de outras pessoas que lhe cercam. Essa idéia nos leva a
expressar supostas verdade “na cara”, sem levar em consideração que podemos
estar incorrendo, ainda assim, em um falso testemunho, pois podemos estar
baseados numa “falsa” ideia do outro. Muitas vezes o “falar a verdade na cara”
pode ser mais falta de amor do que a verdade, de fato! Devemos voltar sempre a
questão preponderante que define os mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como Jesus nos amou.
14. UM MANDAMENTO SOBRE O QUE GERA O
MAL
Verso
17 – Décimo Mandamento
Este
mandamento é muito interessante, porque embora seja o último, na verdade ele
poderia ser o quinto. Por causa da cobiça é que vem assassinatos, adultério,
furtos e o falso testemunho. Enquanto estes são atitudes erradas, este último é
o causador daquelas atitudes erradas.
a) Um sentimento a ser
tratado
Quando
Jesus estabelece que o fato de desejar uma mulher que não é sua torna-se
adultério, ele combinou com este último mandamento. Porque o adultério é a
cobiça da mulher ou marido alheio. Jesus esclarece algo importante que nos leva
a compreensão deste mandamento. A cobiça não é um ato visível. Ela acontece no
íntimo da pessoa e até certo ponto não pode ser julgada, porque está no intimo.
Portanto, este mandamento orienta e previne nossa capacidade de pensamento. Por
isto é importante ler e entender aqui Tiago 1: 13-16 – Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado
por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém
tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o
atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e
o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos enganeis, meus amados irmãos.
b) Pensamento Perigoso
Pensar
é livre! Desejar também é livre. Porém a cobiça é um pensamento perigoso e que
precisa ser administrado pelo Espírito Santo. A Bíblia não proíbe o pensamento
livre e nossa capacidade de exercer juízo correto, manifestar sabedoria e
pensar positivamente ou pensar antes de agir. A Bíblia condena que o pensamento
seja resultado de um desejo indevido e/ou lascivo, que leva a querer o que é
dos outros. Por isto que a inveja é um tipo de cobiça. A inveja, embora não
deseje o que é do alheio, mas não se alegra com o que os outros possuem. De certa
maneira é uma cobiça este tipo de inveja.
c) Indo além do Querer
Cobiçar
também vai além de apenas querer. Podemos olhar o carro, a casa de alguém e
também querer ter algo igual. Embora alguém possa chamar de inveja, mas se você
trabalha altruisticamente para ter algo de bom parecido com a do seu próximo
não é cobiça. Você trabalhará para ter o que é seu, baseado, de alguma maneira,
no sucesso do outro. O sucesso alheio te desafia também. Mas a cobiça leva a
pessoa a querer ter ao ponto de planejar tomar e possuir exatamente o que o(a)
outro(a) tem. A cobiça é: planejar tomar o que é dos outros. De maneira muito
específica, este mandamento também esclarece que não devemos cobiçar o que está
na posse ou direito do outro: Cônjuge, empregados, gado, carro, nem coisa
alguma que pertença a seu próximo. Devemos considerar o que é posse, bem ou
direito dos outros como algo sagrado, que não nos cabe desejar tomar ou
destruir. Não é em vão que está escrito: “bebe
água da tua própria cisterna”.
CONCLUSÃO
Guarde
tudo que aprendeu em seu coração e vez por outra reestude estas cinco lições
sobre os 10 mandamentos ou 10 declarações.
Praticar
estes mandamentos não é uma questão de viver segundo a Lei. Mas a graça de
Deus, através da pessoa de Jesus nos conduzirá a isto. Para tal, concluímos esta
lição lembrando que o fruto do Espírito nos conduz a viver segundo a graça que
nos é dada. Por isto o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Contra estas coisas, diz Paulo, não há lei!