NOSSAS
CARACTERÍSTICAS
EM CRISTO - Parte 2
Texto Básico: Marcos 16: 14-20
INTRODUÇÃO
O destaque da análise do texto, que nos
ajuda demonstrar aquilo que cremos, nos propicia estabelecer princípios
importantes. Antes de mais nada é importante observar que se o evangelho de
Marcos terminasse no versículo 8, no capítulo 16, ficaria sem sentido.
Entretanto, como é destacado nos versos 9 em diante e mui especialmente nos
versos 14 adiante, percebe-se que são fatos que, de fato se cumpriram na igreja
primitiva.
Pelo fato de sermos uma igreja
apostólica procuramos seguir os princípios que foram vividos, portanto, na
igreja de Jerusalém. Claro está que as coisas que cremos, não são apenas registros
dessa primeira igreja. A igreja apostólica, que assim chamamos, se baseia nos
elementos vividos pelas igrejas registradas em Atos dos Apóstolos, que daí
saltam também para os textos paulinos. Entendido isto vejamos a seguir.
RELEMBRANDO
A EXPLICAÇÃO DA PASSAGEM
Desde o versículo 9, esta passagem faz
parte do que se chama variante textual. Em alguns manuscritos mais antigos, do
evangelho de Marcos, ele não se encontra.
Lembremos fatos importantes desse
estudo:
è
Marcos 1º evangelho escrito do NT – 50/55 A.D.
A.D. – Anum Dominium – Ano do
Senhor
A.C. – Antes de Cristo; D.C. – Depois de Cristo
è
Marcos coletou informações da: tradição oral e uma fonte Queler
Tradição Oral – relatos das
pessoas que tiveram contato com Jesus
Queler –
Material escrito à época que descrevia, entre muitas outras coisas, situações também
vividas por Jesus.
è
Copistas – Os que reescreviam os textos, pois não havia gráfica. Estes eram os
que replicavam os textos. Tais textos eram, então, lidos por quem se
interessasse.
Muita gente, na época da igreja
primitiva, não tinha ainda ideia que estava escrevendo um texto sagrado, pois
ainda não pensavam estar escrevendo pra toda a cristandade, senão para um grupo
seleto. Grande parte da população era educada em casa e não era tão fácil ter
material escrito a mão. Os textos, escritos em pergaminho e/ou papiros, não era
de fácil edição.
Nesta passagem de Marcos, em algum
tempo, alguém que copiava o texto de Marcos, agregou essas informações e
relatos do que lemos desde o verso 9, do capítulo 16 de Marcos. O copista
agregou palavras de Jesus, que certamente corriam entre os crentes primitivos,
relatados pelos apóstolos, que tinham sido discípulos de Jesus. O que é
relatado nesta passagem, de fato, se cumpriu. Assim ela é muito importante para
nós, nessa aplicação que faremos das palavras de Jesus.
NOSSA FÉ
Por causa da atitude dos discípulos,
que duvidaram em sua ressurreição, Jesus chama atenção nos versos 16 e 17 sobre
o tema à
“aos que crerem”. O verso 17 fortalece ainda mais a ideia da fé em Jesus. Não é
um mero acreditar, é um depósito de esperanças em coisas que ainda não são
vistas. Baseados na promessa de Jesus, os crentes vivem na esperança de que
tudo aquilo que Jesus prometeu se cumpra. Esta é a fé em Jesus. Não acreditamos
apenas e/ou somente numa FALA de Jesus sobre ser salvo, mas sim sobre todo seu
ensino, estilo de vida e esperança de resgate para a vida eterna. Nossa fé em
tudo que foi, viveu e ensinou Jesus caracteriza nossa FÉ SANTÍSSIMA (Judas 20).
Baseado neste tipo de fé que
depositamos em Jesus, ele estabelece que os sinais seguiriam aos que cressem.
Esses que cressem fariam sinais porque estavam comprometidos com o TODO e não
só uma parte de Jesus.
O PODER DO NOME
Já aprendemos que o nome JESUS é uma
tradução feita pelos escritores em grego. Desde a tradução grega do Velho
Testamento, chama de Septuaginta (LXX) o nome JOSUÉ é tido por JESUS.
eswhy – Yeshua (hebraico)
Ihsouv – Iesous (grego)
Josué ou Jesus – em português
Se você manusear a LXX descobrirá que o
nome Josué, no hebraico é traduzido como Jesus. Este era um nome muito comum na
Judeia ao tempo da vida de Jesus Cristo. Foi por causa da qualidade de vida de
Jesus que ele foi reconhecido como o CRISTO – Messias ou ungido de Deus.
Descobrimos como este nome JESUS se
tornou poderoso lendo Filipenses 2: 5-11. Assim vamos falar do NOME.
Este NOME se tornou uma das chaves da
vida dos crentes no livro de Atos. Lendo Atos 2: 21, 38; 3: 6, 16; 4: 7, 10,
12, 17, 18, 30; 5: 28, 40-41; 8: 12, 16; 9: 14-16, 21, 27, 28, 36... etc, etc,
podemos contar quantas vezes Lucas fala da importância do NOME. São cerca de 34
vezes referidos ao poder do NOME de JESUS.
EMBAIXADORES EM NOME DE JESUS
Paulo ensina em 2 Coríntios 5: 20 – “De sorte que somos embaixadores em
nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo,
pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”.
O NOME de JESUS é um poder que
acompanha aqueles que creem. Estes, estão envolvidos pelo compromisso de vida e
morte ao seguir Jesus. Estes têm autorização pra usar o NOME porque são
representantes dele. São caracterizados pelo fato de carregarem consigo a mesma
unção que estava sobre Jesus.
Lendo Atos
UMA NOVA VIDA EM CRISTO
O Batismo representa um testemunho de
uma nova vida em Cristo. Nós da CBI acreditamos firmemente que ao receber Jesus
como Senhor e Salvador uma pessoa se torna uma nova criatura. Contudo,
entendemos que Jesus morreu na cruz por todos, é o Salvador de todos, mas só
pode salvar realmente os que o confessam como Senhor de suas vidas.
è Jesus Cristo é o Senhor
Romanos 10:9 nos ensina a confessar
Jesus como Senhor. A expressão usada por Jesus e por Paulo é de que Jesus
precisa ser kyrios – senhor absoluto de suas vidas. Mas se Jesus é um homem,
como ele pode ser Senhor? Entenda que confessamos que Jesus homem morreu pelos
nossos pecados, mas BATIZADOS pela fé em Jesus, somos colocados semelhantes a
ele na sua ressurreição. Ele ressuscitou pela glória do Pai e retornou aquela
glória que ele tinha com o Pai, antes de o mundo existir. Então, quando nos
batizamos, declaramos que daí pra diante, somos uma nova criatura, gerados pelo
mesmo Espírito Santo que ressuscitou a Jesus. Então, confessamos como nosso
Senhor não um homem, mas o Filho de Deus ressurreto e assentado na glória do
Pai. É por esse Jesus Cristo que são todas as coisas!
è O Senhorio através do Espírito Santo
Para que Jesus seja meu Senhor preciso
que tais palavras se cumpram em mim: Filipenses 2: 5-11 e Gálatas 2: 20. Não
conseguirei fazer isto se o Espírito Santo não me guiar como guiou Jesus. Ele
foi o exemplo de como uma pessoa pode e deve ser guiada pelo Espírito de Deus.
O EXEMPLO
Antes de conhecer Jesus, o Espírito de
Deus me seguia a fim de me convencer do meu pecado. Quando parei pra ouvir a
voz do Espírito e aceitei o fato de ser pecador, não sabia o que fazer. O
Espírito Santo então me indicou que eu estava sob juízo de Deus e precisava ser
justificado. Eu não sabia como fazer isto. Foi o Espírito Santo quem me mostrou
que só Jesus morreu pelos meus pecados e que só Ele podia me salvar. Pra isto o
Espírito me apresentou Jesus e conheci seu amor, sua misericórdia. Conheci que
ele é o Filho de Deus, dado por mim, pra me levar a presença do Pai. Eu não
tinha como me salvar porque o pecado me matou, me afastando de Deus. Entendi
que nada que eu fizesse de bom seria suficiente, porque “todos pecaram, e destituídos estão
da glória de Deus”. Também compreendi que “o salário do pecado é a morte, mas
que o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Daí, foi um pulo entender o que está em 1 João 1: 7-9.
è Adão, Jesus e Nós
Quando
o primeiro Adão pecou, ele, sua mulher e
também a serpente, que é satanás, foram amaldiçoados.
Ao homem foi dito à “tu és pó e ao pó tornarás...”
À serpente, que é satanás, foi dito à “te rastejarás e do pó da terra
comerás...”
As obras da carne do ser humano
(Gálatas 5: 19-21) são, por associação e simbolismo, o pó da terra. Por causa
das obras da carne, resultado de nossa desobediência, morremos em nossos
pecados e delitos. Essas obras da carne precisam ser desfeitas pelo controle do
Espírito Santo, por isto “andai
em Espírito e nãos satisfareis as obras da carne”. Esse controle
gera o Fruto do Espírito que é Cristo em Nós, que tem 9 características,
explicadas em Gálatas 5: 22.
Quando cometemos obras da carne, que
são muitas, alimentamos a serpente, que é satanás. Estas obras da carne,
repito, são o pó da terra que é alimento da serpente. Compreende isto???
Quando agimos como o fruto do Espírito,
alimentamos Cristo. Por isto que somos guiados pelo Espírito Santo, tal qual
Jesus era. Por isto que para morrer para o mundo e viver para Deus não
conseguimos por nós mesmos, somente elo Espírito Santo.
Quando confessamos Jesus como Senhor,
isto quer dizer que daí pra frente o Espírito Santo nos guiará em tudo, tal
qual guiou Jesus. Daí pra frente vamos fazer a vontade boa, agradável e
perfeita de Deus Pai. O que estiver exposto na Palavra de Deus o Espírito
testificará em nós. Ele nos guiará sob a luz da Palavra de Deus (Salmo 119:
105). Aquilo que não estiver na Palavra, somente pelo Espírito Santo poderei
ser guiado. Se estivermos treinados, acostumados e disciplinados pela Palavra
de Deus, sob essa ótica o Espírito nos guiará, pois ele não nos levará nunca a
contrariar a Palavra de Deus! NUNCA!
Adão resolveu desobedecer a Deus,
comendo do fruto e fazendo sua própria vontade, por isso se tornou o pecador
condenado a morte. Todos que nascem a semelhança de Adão sofrem isto.
Jesus foi o segundo Adão e resolveu não
desobedecer. Inocente, morreu pelos meus e seus pecados, para que eu rejeite
minhas vontades pra fazer como Jesus. Morrer para o pecado e nascer de novo
pelo Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Nas próximas palavras vamos dar
sequencias aos sinais que se seguiram aos crentes, conforme Marcos 16: 14 a 20.
Por agora, nos detivemos nos versos 14 a 16.
Aqui você entendeu um pouco sobre o que
cremos quanto a fé em Jesus, obediência, batismo nas águas e nosso compromisso
em não deixar a carne nos guiar. Seguiremos relacionando as coisas dessa
maneira, fazendo aplicações ao nosso dia a dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário