LIÇÃO 1 – A TEOLOGIA DO MINISTÉRIO I
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Introdução
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A Base Bíblica do Velho
Testamento
a) A dimensão da carne
b) A dimensão espiritual
c) Formação do Ministério no VT
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Textos Desta Lição
LIÇÃO 2 – A TEOLOGIA DO MINISTÉRIO II
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Introdução
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A Base Bíblica do Novo Testamento
a) Na dimensão do Espírito
b) Louvando a Deus na nova dimensão
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A Visão de Deus para o
Ministério
-
Entendendo a Lição
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Textos desta Lição
LIÇÃO 3 – A PROFECIA DO LOUVOR I
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Introdução
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Entendendo o Significado
de Profecia
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Davi e Seus Ministros
Profetas
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Entendendo a Lição
LIÇÃO 4 – A PROFECIA DO LOUVOR II
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Introdução
-
O Poder do Louvor
a) Libertação
b) Glória de Deus
c) Inspiração
d) Avivamento
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Sacerdotes que Profetizam
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Entendendo a Lição
LIÇÃO 5 – OS PROFETAS QUE MINISTRAM I
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Introdução
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Ministrando o Louvor
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Trazendo o Louvor do Céu
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Entendendo a Lição
LIÇÃO 6 – OS PROFETAS QUE MINISTRAM II
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Introdução
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O louvor do céu é
constante
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O louvor é alegria
- Entendendo a Lição
LIÇÃO 7 – MINISTRANDO DEBAIXO DE ORDEM
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O princípio da Autoridade
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Satanás e música rebelde
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Ministros do lugar errado
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Profetas segundo o coração
de Deus
LIÇÃO 8 – OS MINISTROS QUE PROFETIZAM
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Introdução
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Falando em Nome de Jeová
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Atenção! Cuidado!
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Tendo uma Vida Santa e
Consagrada
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Recomendações Sérias
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Requisitos de um
Ministrador de Louvor
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Mantendo a Unção
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Abençoando o Ministério
LIÇÃO 9 – ALVOS DO LOUVOR I
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Introdução
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Abençoar a Deus
-
Louvar a Jesus Cristo
-
Entendendo a Lição
LIÇÃO 10 – ALVOS DO LOUVOR II
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Introdução
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Louvar o Espírito Santo
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Razões Porque Devemos
Louvar o Espírito
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Louvar a Palavra de Deus
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Entendendo a Lição
LIÇÃO 11 – A LIBERDADE NO LOUVOR I
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Introdução
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Celebração e Festa
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Nossa Celebração
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O Júbilo Dos Santos
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Baile ou Bagunça
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Entendendo a Lição
LIÇÃO 12 – A LIBERDADE NO LOUVOR II
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Introdução
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Guerra e Exaltação
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Celebração e Júbilo
-
Comunhão em Amor
-
Cânticos de Louvor
-
Cânticos de Adoração
-
Em Espírito e Verdade
CONCLUSÃO
Lição 1
A TEOLOGIA DO MINISTÉRIO – I
“Serví ao Senhor com alegria e
apresentai-vos a ele com cântico” (Salmo 100: 2).

INTRODUÇÃO
Antes de tudo, vamos entender aqui, um
pouco do significado do que é Teologia. Queremos explicar do melhor modo
possível, a fim do estudante do assunto compreender facilmente algumas coisas e
de tal modo que possa explicar também.
“Teologia”, grosso modo, quer dizer
estudo da pessoa de Deus. A palavra é a junção de palavras gregas:
qeoV
(Theós) = Deus + logia (logía) = estudo, discurso, etc.
Portanto, a princípio, quer dizer,
estudo de Deus. No entanto, a palavra teologia
refere-se também ao embasamento que procuramos dar a algum fato temático ou
mesmo relacionado a Deus. Assim é que alguns dicionários dizem também que teologia
é “o estudo das
questões referentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações
com o mundo e com os homens, e à verdade religiosa”.
A Bíblia apresenta
aquilo que Deus deseja de/para o ministério de louvor da igreja. Vemos isto no
Velho Testamento (VT) e no Novo Testamento (NT). Assim, a este desejo de Deus
ou o que Deus mandou que homens santos escrevessem na Bíblia sobre o assunto,
chamaremos de “teologia do ministério”.
A BASE BÍBLICA
DO VT
É no Velho Testamento (VT) que encontramos
normas mais práticas do ministério de louvor. Isto se deve ao ritualismo no
culto judaico, que foi sombra do que ocorreria por ocasião do Novo Testamento
(NT). Contudo, precisamos dividir esta parte, ainda, para melhor entendimento.
Seguiremos assim:
a)
A Dimensão da Carne
No VT o povo de Deus vivia uma
atmosfera mais ligada à dimensão carnal e o espiritual estava mais ligado às manifestações
especiais de Deus. É importante observar que, quando falamos carnal, isto não
quer dizer pecado. Queremos ensinar que na dispensação do VT o povo vivia na
dimensão da alma, baseado em sentimentos e seguia determinações da lei. A lei
cerimonial era levada em alta conta, porque o povo tinha de aprender a
obedecer, a fim de serem sombra daquilo que viria depois. É claro que eles não
sabiam disto, mas o Pai estava preparando tudo para o tempo em que haveria um
derramar do Espírito Santo. Por isto, naquele tempo o Espírito Santo não fora
derramado sobre todo o povo. Somente o profeta, o sacerdote e o rei
recebiam a unção para ministrarem naqueles ofícios. O profeta Ezequiel e
especialmente Joel, profetizaram sobre o derramamento do Espírito para o futuro,
não para aquele momento.
Observemos textos e situações que
comprovam o estudado até aqui. Vejamos bem, no VT o rei Davi ora a Deus, no
Salmo 51, dizendo: “... não retires de mim o teu Espírito...” O rei Saul passou
pela experiência de o Espírito Santo tê-lo deixado. Também os profetas, com
freqüência, diziam: “... e veio o
Espírito do Senhor sobre mim...” ou “...
e entrou o Espírito em mim...” (Ez. 2:2; 3:24). Sansão, por exemplo, era um
homem muito forte, mas a sua força resultava de quando o Espírito de Deus
“vinha sobre ele” (Jz. 14:6). Houve um tempo em que o Espírito se retirou dele
e já não podia mais exercer sua força, pois havia quebrado princípios e regras
do nazireado. Da mesma forma que o rei Saul (I Sm. 11:6) outros experimentaram
assim. É claro que a unção não está confinada só ao Velho Testamento e que por
isto não existam mais unções hoje em dia, mas nessa nova dispensação que
vivemos, Deus não está apenas ungindo, mas colocando seu próprio Espírito Santo
dentro do homem. Veremos isto depois. Por ora, vejamos que a relação da
adoração no VT, do homem com Deus, era na dimensão da carne. Seguiam seus
sentimentos da alma e os rituais da lei.
Fatos que ilustram o relacionamento mais
carnal no culto a Deus, são encontrados assim:
¨
Êxodo 4:31; 12:27 e etc. – O povo de Deus, Israel, inclina-se
em sinal de adoração. A adoração é a expressão do corpo. Não envolve o
espírito.
¨
Êxodo 15:1ss – O cântico de Moisés é entoado por
ele e pelo povo, no entanto é coreografado com a dança de Miriã e das mulheres.
Veja, embora Moisés espiritualmente adore a Deus, o povo executa um ato da
dimensão da carne.
¨
Êxodo 28:2 - 29:46 – O Serviço estabelecido no templo era
todo cerimonial, cheio de ritualismo durante o culto, no santuário. Descreve-se
no texto referido desde o tipo de roupa a ser usada até os gestos a serem
feitos. É sabido que desde o estabelecimento do tabernáculo ou do templo, o
lugar ao qual devia-se se dirigir para adoração era lá.
¨
II Samuel 6: 14 ss. - Vemos neste texto o rei Davi
trazendo aquilo que era símbolo da presença do Deus Vivo, a arca. Vemos como o
rei dançou e com quanto júbilo o povo levou a arca para o seu devido lugar em
Jerusalém. Podemos observar a expressão que diz que Davi dançou “com todas as
suas forças”. Entendemos que o rei dançou daquela forma porque naquela
dispensação, toda celebração e adoração era na dimensão da carne.
¨
Salmo 47 – Esse Salmo é um exemplo da teologia
do povo do VT. As palmas contidas aí são elementos de um culto de louvor a Deus
pela vitória. “Deus subiu entre aplausos...” , como está no verso 5, é
resultado do fato de o povo crer que durante uma guerra dos israelitas, Deus
descia do seu trono celestial e vinha pelejar com ou pelo povo. Após a
vitória, Ele retornava ao seu trono: “... subiu...”. Não negamos o fato de Deus
guerrear com seu povo, ressaltamos apenas que na dispensação antiga, Deus vinha
e ia de seu povo.
b)
A dimensão espiritual
Os Salmos fazem parte da liturgia
judaica. Contudo, eles estão cheios de elementos espirituais que se mantiveram
no NT. A própria expressão destacada de salmodiar e/ou a inspiração dos salmos,
mantêm-se porque é espiritual. As expressões contidas nos capítulos do livro de
Salmos denotam a adoração a Deus, exaltando-o, glorificando-o, reconhecendo-o
em todos os atos poderosos e etc. São exemplos disto os capítulos 42, 48, 65,
66, 81, 84, 89, 92, 103 e ss. Estes são elementos espirituais. Diferentes
destes elementos citados encontra-mos o conteúdo do Salmo 76, designando o
local de adoração e onde Deus está agindo: Salém. Vários outros capítulos são
manifestações de oração intercessória, invocatória. Todavia, nosso interesse
são os salmos usados nos cultos. Os salmos de nº 145 a 150 fazem parte de uma
categoria mais ligada ao culto. O Salmo 148 convida os velhos e crianças, moços
e moças a louvarem ao Senhor. O salmo 150 convida a louvar a Deus com adufes,
danças e etc. Outro ressalta a importância do louvor com o povo reunido (149).
Embora alguns deles contenham elementos ligados a experiência mais carnal de
Israel, tal como o Salmo 149:6-8, contudo, mesmo assim, podemos adaptá-los
àquilo que está contido em Efésios 6:10 e ss. Nossa luta não é contra carne e
sangue, mas a espada que é a Palavra de Deus, deve continuar em nossas mãos (e
lábios), para darmos ao nosso inimigo aquilo que dele está escrito: o juízo
(Salmo 149:9).
c)
Formação do Ministério no VT
Embora tenhamos muitas experiências e
expressões de louvor e adoração no VT, quem melhor especificou e praticou isto,
naquela dispensação, foi o rei David. Devido ao fato dele ser rei e profeta,
portanto sua unção ser dobrada, e, principalmente, pelo fato de ser chamado
homem segundo “o coração de Deus”, o Senhor deu a ele muitos e maravilhosos
Salmos. Pelo fato de David ser músico, ele acrescentou o uso de novos
instrumentos musicais e a forma de usá-los e, especialmente por sua organização
para guerrear, estabeleceu ordem no ministério de louvor. David nunca guerreou
sem um ótimo plano. Os músicos faziam parte deste planejamento, pois diz Davi,
pelo Espírito Santo: “... o Senhor habita no meio dos louvores de Israel...”
(Salmo 22:3). Já que era assim, para guerrear é melhor ter o Senhor dos
Exércitos como chefe e companheiro. Então o louvor trazia a glória de Deus para
o meio do arraial e essa glória era a garantia de vitória. Prova deste
entendimento é que Davi organizou o ministério de louvor juntamente com os
capitães de exército (V. I Crônicas 25:1). Para o rei Davi e o povo, o louvor era (e é ainda) arma de guerra e
de vitória.
Alguns salmos de Davi denotam a
dependência da relação cânticos de louvor
= vitória na guerra (Salmo 68). Desta forma podemos extrair, fazendo uma
boa análise teológica, o que tem aplicação no NT e o que é coisa do passado,
ligados à experiência exclusiva da dispensação do VT.
O estabelecimento e organização do
ministério de louvor, feito por Davi, registrados em I Crônicas 15: 16 ss; 16:
4ss; 25: 1ss, são importantes para o NT, porque tudo foi feito como figura do
ministério presente. Tudo tem sua relação com aquilo que o nosso Deus revelou
hoje aos seus filhos na Igreja.
TEXTOS DESTA LIÇÃO
Þ
Êxodo
- Cap. 4: 31; Cap. 12: 27; Cap. 15: 1-21; Cap. 28: 2 - Cap. 29:46.
Þ
II Samuel - Cap. 6: 14-23.
Þ
I Crônicas - Cap. 15: 16-29; 16: 4-43;
25: 1-7.
Þ
Salmos
- Cap. 42,
47, 48, 65, 66, 76, 81, 84, 89, 92, 145 a 150.
Lição 2
A TEOLOGIA DO MINISTÉRIO – II
“... ofereçamos sempre por meio
dele a Deus sacrifícios de louvor, que é, o fruto dos lábios que confessam seu
nome”. Hebreus 13: 15

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos a visão
vétero testamentária do louvor. Vamos continuar hoje o que foi começado na
lição passada. Porém vamos analisar o NT (Novo Testamento) e concluir nesta
lição, a visão geral de Deus para o ministério de louvor da Igreja.
Há um plano divino revelado, visando
preparar o ministério de louvor da igreja. Vejamos o que Novo Testamento (NT)
diz.
A BASE BÍBLICA DO NT
Muito do que fazemos hoje, no louvor, só
temos exemplos práticos no VT. Todavia fazemos assim porque a prática
neotestamentária não aboliu aqueles fatos, pois entendemos que a Igreja em
Jerusalém aprimorou alguns ou deu continuidade a outros. Alguns, como o
ritualismo do templo, foram abolidos. A igreja não está confinada a adorar ao
Senhor só no templo. Jesus trouxe novas luzes a isto.
O evangelho de João ressalta
bem a interpretação de Jesus sobre o novo sentido da adoração. É claro que isto
não exclui as expressões paulinas com referência a servir a Deus em Espírito e
de receber a lei do Espírito (Filipenses 3:3 e II Coríntios 3:3, 6 e 17).
Porém, com referência específica a adoração, só nos lábios de Jesus é que
encontramos assim.
a)
Na
Dimensão do Espírito
Como vimos anteriormente, no VT
o Espírito Santo não fora derramado sobre toda a carne e, até então, o que
havia eram apenas unções para o cumprimento de um determinado cargo
ministerial. A unção era apenas uma capacitação espiritual e especial para
cumprir um cargo, um ofício. Desde o momento que Jesus veio em carne, tendo
sido gerado pelo Espírito Santo (Mat. 1:18-21; Lucas 1: 26-35), uma nova geração
estava invadindo a terra. Deus, em Cristo Jesus, começou a gerar filhos na
terra, conforme podemos ver em João 1: 12-13, Gálatas 3:26, Hebreus 2: 9-13,
etc.
Ao expulsar demônios, Jesus
deixou definido que o reino de Deus estava invadindo a terra. Este reino não
era, nem é, deste mundo, mas um reino espiritual, segundo Jesus.
De acordo com o apóstolo Paulo,
em Rom. 8 e Gál. 5: 16-18, devemos
andar e servir a Deus em espírito. Ele nos exorta a sermos guiados pelo
Espírito, pois quem vive assim é Filho de Deus. Há grande concordância nas
expressões paulinas de servir, andar,
orar em Espírito, com a dimensão dada por Jesus ao dizer que Deus é
Espírito e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e em verdade. II
Coríntios 3: 17 ressalta o fato de que o Senhor é o Espírito. Esta é a nova
dimensão mostrada no NT. Um Deus que é Espírito requer, agora, um
relacionamento na dimensão do Espírito. Antes de Jesus, Deus tentava se
comunicar com o homem e vice-versa, mas esta comunicação era interrompida pelo
pecado. Jesus retirou o pecado, levando-o sobre si. No entanto, o homem só
podia entender a Deus se estivesse na mesma dimensão que Deus. É por isto que
Deus derramou em nós o seu Espírito. É por isto que somos o santuário do
Espírito Santo. Somos verdadeiramente “casa
espiritual”. Temos acesso a Deus, O Pai, agora plenamente, pela intercessão
de Jesus. Porém o Espírito Santo em nós ajuda-nos na fraqueza, pois Ele sabe o
tipo de comunicação que Deus quer. Assim usa a comunicação certa em nós, a fim
de podermos entender a Deus e Ele a nós.
b)
Louvando a Deus na Nova Dimensão
De acordo com Atos 2: 1-4, o Espírito
Santo foi derramado sobre a igreja em Jerusalém. O resultado disto, além de
muitas vidas libertas e salvas, foi uma nova maneira de cultuar a Deus. Esta
maneira surgiu em meio à união do povo de Deus e a alegria de compartilhar o
pão aos necessitados. O resultado era um puro sentimento no coração, exigido há
muito, ainda no VT, no Salmo 24: 3-4.
- “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu
lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a
sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.– A diferença é que não
precisavam de um monte para adoração, pois podiam adorar a Deus no templo, ou
em casa ou outro lugar, uma vez que louvavam e adoravam a Deus em espírito e em
verdade. No capítulo 2 de Atos dos Apóstolos, o fim do verso 46 E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração,
- estas últimas palavras: “singeleza de
coração”, estão intimamente ligadas ao início do verso 47: “louvando a Deus, e caindo na graça
de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”.
Isto quer dizer que estavam louvando a Deus com singeleza de coração e não
apenas comendo pão com alegria e singeleza. A vírgula colocada logo após “singeleza de coração”, não consta no
original grego. Isto é conveniência do intérprete do texto, ao traduzir, o que
nem sempre está totalmente certo.
A igreja estabelecida por Jesus, passou
a dar novo e expressivo significado ao ministério de louvor a Deus. O NT não
especifica que tipo de instrumentos musicais devem ou não ser usados e que tipo
de atitude corporal devemos assumir no louvor. Tudo será possível agora na
liberdade do Espírito (II Cor. 3:17 // Col. 2: 16-23). Contudo tudo deve ser
resultado da manifestação do Espírito Santo, em amor. Não
devemos começar pelo
Espírito e com base na liberdade
darmos ocasião à carne. Andemos em espírito! Porém não podemos sair criando
regras do que pode e o que não pode! – Vamos deixar o Espírito Santo nos guiar
na verdade. O louvor é santo quando transmite pureza de coração, fruto da
manifestação do Espírito.
Efésios 5: 18-19
“E
não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do
Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando
e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”.
Este texto nos mostra um método de
adoração que resulta em encher-nos do Espírito. Tal qual Colossenses 3:16,
podemos ser assim cheios do Espírito: salmodiando, cantando hinos e cânticos
espirituais. Mas isto não se refere a citar salmos já compostos na Bíblia ou
cantar hinos de hinários. É resultado de inspiração espiritual no coração, que
transmite ensino à igreja. É edificação sobrenatural do corpo de Cristo!
Encontramos em Apocalipse os vários
louvores oferecidos a Deus, na sua glória - Cap. 4: 8-11; cap. 5: 8-14 e etc. –
Tudo resultado de um sentimento de adoração, fruto de reconhecimento de Deus como o único
soberano, Senhor, digno de ser louvado e amado. Verificamos a presença de
querubins, arcanjos, homens e mulheres, de todas as nações.
A VISÃO DE DEUS PARA O MINISTÉRIO
Como vimos, elementos no culto do VT
eram apenas figuras de coisas celestiais. A carta Aos Hebreus demonstra muito
bem isto. O sacerdócio antigo é figura do sacerdócio do crente e o
sumo-sacerdote é figura de Cristo (Heb.
4: 14-16 // I Pe. 2: 5, 9-10). Em Hebreus capítulo 9, são apresentados
vários elementos do templo durante o VT, que são figuras deste tempo presente.
Uma leitura do capítulo referido demonstrará o que dizemos. Ler Hebreus 9.
Quando Deus estabeleceu os levitas como
servidores do templo, sua visão era de pessoas que o tempo todo o servisse no
culto. Como o local de adoração era o templo e o povo não podia estar sempre no
templo, Deus separou um grupo de pessoas do povo, que representasse este povo, ministrando
adoração, continuamente, a Ele. Os levitas foram separados como povo peculiar,
para tarefas específicas no templo. Nm. Cap. 3 e 4 demonstram isto. Nm. 8:
10-11 destaca que os levitas serviriam ao Senhor em lugar dos primogênitos,
ministrando continuamente. Agora, porém, todos fomos chamados para possessão peculiar de Deus. O
templo não está distante de nós, mas nós mesmo somos o santuário do Deus
vivente. Efésios 1: 12, 14 destaca
que fomos salvos e recebemos o penhor da nossa salvação, o Espírito Santo, para
o louvor da glória de Deus. Todos somos
ministradores. No entanto, o
NT ensina que
nem todos são profetas, nem todos governam, nem todos
executam socorros (são dons) e etc. Como fez Davi, separando alguns dos levitas
para o ministério profético do louvor, assim hoje há profetas do louvor na
Igreja. O que fez o rei Davi, como foi demonstrado na lição anterior, no item “c”, tudo era figura do ministério
programado para hoje, o Ministério
Profético de Louvor, que precisamos ver no corpo de Cristo.
Como em Atos 13, em meio àqueles que
ministravam ao Senhor, onde o Espírito Santo separou a Paulo e a Barnabé para a
obra missionária, também outros estão sendo separados para a obra de louvor e
adoração a Deus, na Igreja. Os exemplos do VT são fundamentos que norteiam os
motivos para o ministério profético de louvor, porque prefiguram o ministério
no Espírito. Se Davi separou músicos para guerrearem com o louvor, assim, como
nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as potestades e os
principados da maldade deste mundo, o louvor será ARMA DE GUERRA contra Satanás. O louvor virá de corações sinceros e
será feito no poder do Espírito Santo.
Em Atos 15: 15-18 encontramos a melhor
visão de Deus para o Ministério de Louvor. No Concílio de Jerusalém, que visava
dirimir os problemas relacionados à pregação de Paulo entre os gentios, o
apóstolo Tiago dá a verdadeira interpretação bíblica do louvor. Ali se faz
referência a profecia de Amós, registrada em seu livro, cap. 9, vv. 11-12. O
que está registrado em Atos é:
15 E com isto concordam as
palavras dos profetas; como está escrito:
16 Depois disto voltarei, e
reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; reedificarei as suas
ruínas, e tornarei a levantá-lo;
17 para que o resto dos
homens busque ao Senhor, sim, todos os gentios, sobre os quais é invocado o meu
nome,
18 diz o Senhor que faz
estas coisas, que são conhecidas desde a antiguidade.
Percebemos, portanto, que Deus quer
reedificar o tabernáculo da David. Por quê? Qual o interesse de Deus?
Entendemos que aquela adoração que se fazia ao tempo de David é a que Deus quer
hoje. No tabernáculo de David havia a liberdade que Deus sempre desejou para o
louvor e a sinceridade da adoração que Ele apresentou nas palavras de Jesus, em
João 4: 23-24. O modelo de culto que Deus quer está no tabernáculo de David e
ele está acontecendo hoje, nas igrejas dos gentios: nós que não somos judeus e
que em toda parte nos levantamos para buscar a Deus.
Se
há um modelo de culto no VT, o NT interpreta que este modelo está no
TABERNÁCULO DE DAVID!
ENTENDENDO A LIÇÃO
¨
O LOUVOR É ARMA DE GUERRA
¨
A adoração do VT era na
dimensão da carne.
¨
A adoração do NT é na
dimensão do Espírito.
¨
Teologia é a matéria que
estuda a pessoa de Deus ou as coisas que se relacionam a Ele
Lição 3
A PROFECIA DO LOUVOR -
I
“Mas o que profetiza fala aos homens para
edificação, exortação e consolação”.
I Coríntios 14: 3

INTRODUÇÃO
Já estudamos, no VT, a visão do rei
David acerca do fato de o louvor ser ARMA DE GUERRA. Como profeta, ele entendia
que o louvor trazia a glória de Deus para onde estivessem reunidos e esta
presença garantia a vitória dos israelitas. David era um profeta dedicado ao
louvor e, porque era feito com um propósito santo, o louvor era profético.
Quando meditamos nas palavras de louvor que o rei David ofereceu a Deus,
recebemos um impacto de benção e unção. A inspiração divina em David produziu
um efeito profético, enquanto o coração de David se oferecia sacerdotalmente a
Deus. O que declaramos no cântico acontece, pois o fazemos debaixo da unção
poderosa do Espírito Santo. Porém, não apenas nossas vozes têm poder, mas os
instrumentos tocados, desde que também seja feito debaixo da unção.
ENTENDENDO
O SIGNIFICADO DE PROFECIA
Potencialmente todos os crentes
em Jesus são profetas, uma vez que em Atos 2: 1ss o derramamento do Espírito
Santo foi cumprimento da profecia de Joel. Segundo Joel 2: 28ss, o derramamento
do Espírito seria sobre toda a carne e não somente para os israelitas. O
resultado seria que servos e servas, moços e velhos terão além de sonhos e
visões, o privilégio de profetizarem. Observe que a profecia seria resultado
deste derramar do Espírito Santo.
Observando o livro de Atos dos
Apóstolos, vemos que este fato acontecia com uma grande freqüência. Os melhores
exemplos foram o ocorrido com Cornélio e com os crentes de Éfeso. Tanto os da
casa de Cornélio, bem como os doze indivíduos ao serem cheios do Espírito Santo,
tanto falavam em “línguas” como também profetizavam.
De acordo com o VT, a profecia
era o meio pelo qual Deus falava aos homens, tendo como instrumento um homem ou
mulher obedientes à revelação que tivessem
recebido. Houve uma época, mais precisamente ao tempo do juiz, sacerdote
e profeta Samuel, que os homens quando queriam consultar ao Senhor, iam ao
encontro de um profeta, conforme se pode ver no relato de I Samuel 9:9 – “... Antigamente em Israel, indo
alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, vamos ao vidente; porque ao
profeta de hoje, outrora se chamava vidente”. Era assim naquela
dispensação. Como Deus não habitava dentro do coração do homem, pelo fato de o
Espírito Santo não ter sido derramado, era necessário que o povo dependesse de
homens que trouxessem uma mensagem divina, que poderia ser por visões
(Ezequiel), revelação íntima e pessoal (Jeremias), sonhos ou testemunho íntimo.
Segundo o que Deus disse a Joel, todos
iriam profetizar. Isto não quer dizer que todos seriam profetas, mas poderiam
ter experiências com as profecias, pessoalmente. Também não quer dizer com isto
que todos receberiam os oráculos de Deus, mas semelhante ao profeta, Deus
falaria com eles. Deus está fazendo isto hoje! Ele está falando com você,
pessoalmente. Porém compreenda bem uma coisa, hoje Deus não quer guiar o homem
espiritual pela profecia, mas ele o faz como Jesus disse em João 16: 13 – “Quando vier, porém, aquele,
o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por
si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras”. Esta verdade está na Palavra de Deus,
pois o próprio Jesus disse aos discípulos que eles seriam santificados na
verdade e acrescentou que a Palavra de Deus é a verdade. A profecia hoje não é
um guia, mas uma ajuda para exortar, edificar e consolar.
Para melhor entender o que Deus está
fazendo com a profecia, perceba bem este exemplo:
-
Eu tenho carteira de
motorista, contudo não sou profissional. Posso dirigir qualquer carro de
passeio, nunca dirigir um caminhão. Eu até sei fazê-lo, mas não tenho
autorização legal para tal. Outros há que são profissionais do volante. Seu
trabalho é este. Meu trabalho é ser pastor, não motorista! Eu posso dirigir,
mas não é meu ofício, entende?
Pelo fato de ter o Espírito Santo
vivendo, agora, nesta dispensação, em você, pode profetizar! Porém este não
será seu ofício espiritual no corpo de Cristo, pois o Espírito pode não ter
chamado você para ser profeta. De acordo
com I Coríntios 14, o
apóstolo Paulo diz
que seria bom que todos profetizassem. Aliás, ele ensina que o Dom que
todos devem buscar é o de profetizar, pois é o mais excelente. Todavia, no
capítulo 12 da mesma carta citada, Paulo pergunta: “...são porventura, todos profetas?...” – Conforme Efésios 4: 11 e I aos Coríntios 12: 8ss
há diferença entre dom e ministério de profecia. O Dom é uma capacitação do
Espírito, que pode ser temporária, mas o ministério é uma ocupação oficial dada
por Jesus Cristo.
Tanto como na transmissão dos oráculos
de Deus ou na comunicação pessoal com Deus, na profecia, os que ministram
louvor a Deus, podem profetizar, bem como podem ser
profetas. Neste último caso depende de um chamado especial de Jesus. Todavia
queremos ressaltar que todos podemos profetizar no louvor, pois o louvor tem de
ser profético, no sentido de comunicar-se com Deus ou de receber a mensagem de
Deus. Durante o louvor algo maravilhoso precisa acontecer!
DAVI E
SEUS MINISTROS PROFETAS
I Crônicas 25
1 Também Davi juntamente com os
capitães do exército, separou para o serviço alguns dos filhos de Asafe, e de
Hemã, e de Jedútum para profetizarem com harpas, com alaúdes, e com címbalos.
Este foi o número dos homens que fizeram a obra: segundo o seu serviço:
2 dos filhos de Asafe: Zacur, José,
Netanias e Asarela, filhos de Asafe, a cargo de Asafe, que profetizava sob as
ordens do rei.
3 De Jedútum os filhos de Jedútum:
Gedalias, e Zeri, Jesaías, Hasabias e Matitias, seis, a cargo de seu pai,
Jedútum que profetizava com a harpa, louvando ao Senhor e dando-lhe graças.
4 De Hemã, os filhos de Hemã: Buquias,
Matanias, Uziel, Sebuel, Jerimote, Hananias, Hanâni, Eliatá, Gidálti, e
Românti-Ezer, Josbecasa, Malóti, Hotir e Maaziote.
5 Todos estes foram filhos de Hemã, o
vidente do rei, segundo a promessa de Deus de exaltá-lo. Deus dera a Hemã
catorze filhos e três filhas.
6 Todos estes estavam sob a direção de
seu pai para a música na casa do Senhor, com címbalos, alaúdes e harpas para o
serviço da casa de Deus. E Asafe, Jedútum e Hemã estavam sob as ordens do rei.
7 Era o número deles, juntamente com
seus irmãos instruídos em cantar ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e
oitenta e oito.
8 E determinaram os seus cargos por
sortes, todos igualmente, tanto o pequeno como o grande, assim o mestre como o
discípulo.
Quando o rei Davi separou Asafe, Hemã e
Jedútum para o ministério do louvor, entendia que seriam profetas e não
sacerdotes apenas. A unção sobre aqueles era de profeta (versos 1b, 2b, 3b e
5a). Foram separados para aquele ministério porque eram levitas (I Crônicas 6:
31-48). O que é interessante é o fato de serem profetas do culto e diferente de
outros profetas de sua época, que só usavam a voz, eles profetizariam com
instrumentos musicais. Daí podemos fazer as seguintes deduções:
a) Deveriam se dedicar à preparação
daquele louvor com muito estudo e ensaio. Alguns eram mestres, outros
discípulos (v. 8), o que mostra que estavam sempre ensinando ou estudando. Por
conseguinte, parece que estavam sempre ministrando pessoalmente ao Senhor, como
preparação para o exercício do ministério;
b) Seus instrumentos musicais deveriam ser
santos, isto é, consagrados ao Senhor. Profetizariam com instrumentos de cordas
(harpa e alaúde) e percussão (címbalos). No caso do texto citado, a melhor
tradução mesmo é címbalo e não saltério (que seria um instrumento de corda). A
relação daqueles instrumentos com os de hoje poderiam ser, respectivamente:
Piano (ou teclado), violão (guitarra ou contrabaixo) e bateria.
Davi encarregou àqueles homens a
responsabilidade de profetizarem com instrumentos musicais, além de
suas vozes, porque
ele mesmo sabia do poder de tocar debaixo da unção do Espírito. De acordo
com o texto de I Samuel 16: 13, 16 a 23, por causa da unção que há estava sobre
ele, quando tocava a sua harpa um espírito imundo que atormentava o rei Saul se
retirava. Havia um poder especial de Deus sobre Davi, o que causava grande
impacto sobre o demônio quando era tocada a harpa.
Um piano, teclado, guitarra, bateria ou
qualquer outro instrumento deve ser tocado pelo crente, hoje, com um propósito
abençoador. As notas, os acordes ou som que produzir, deve ter algo de
especial. Deve ser a expressão de alguém que tem uma comunicação com o céu e
traz de lá sons distintos, santos e agradáveis. Os músicos evangélicos de hoje
devem crer que seus instrumentos musicais não podem fazer parte de uma
exibição, mas devem ser tratados como dádivas divinas para reproduzir benção ao
povo de Deus.
ENTENDENDO A LIÇÃO
& Ministrar
o melhor Louvor requer muita dedicação e preparação.
& Os
Instrumentos Musicais devem ser Consagrados ao Senhor.
& O
Músico, da Casa de Deus, deve ser porta-voz de Deus.
& Profecia
tem a tarefa de exortar, edificar e consolar.
Lição 4
A PROFECIA DO LOUVOR – II
“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o
Espírito do Senhor aí há liberdade”.
II Coríntios 3: 17

INTRODUÇÃO
No Capítulo anterior, sobre a Profecia
do Louvor, enfatizamos o significado de profecia. Não devemos perder de vista a
principal finalidade da profecia, que é exortar, edificar e consolar. Há muita
gente fazendo coisas que não se integram à profecia bíblica, ensinada e fundamentada
no Novo Testamento. Ninguém, hoje, deve ser guiado por profecia ou por
profetas. Deixe-se ser guiado pessoalmente pelo Espírito de Deus. Se você não
entender isto, o louvor não será instrumento para a glória de Deus, mas para
uso egoísta e autopromoção.
Outrossim, tem muito músico, regente,
cantor ou conjuntos, que não se comportam dentro do ministério profético de
louvor. Isto porque são meros artistas do “altar” (diríamos melhor palco, para
alguns casos), não profetizam. Em um capítulo adiante falaremos sobre o papel
da autoridade dentro do Ministério de Louvor de uma igreja.
Outro fato importante a destacar é que
o Ministério do Louvor não é uma exclusividade de um grupo “seleto” da igreja.
O Ministério de Louvor é da igreja e não de uma pessoa ou “grupinho”. A
profecia é para a Igreja toda, embora nem todos sejam profetas, mas todos podem
profetizar.
O
PODER DO LOUVOR
Já vimos que a finalidade da profecia
na Igreja é exortar, edificar e consolar. O louvor profético traz a
oportunidade de a Igreja ver estas coisas acontecerem.
a)
O Louvor Traz Libertação
Tal qual Davi tocava a harpa debaixo da
unção do Espírito Santo e o demônio afastava-se do rei Saul, o louvor
neotestamentário irá produzir libertação. Contudo, o louvor de hoje não só
afastará temporariamente os espíritos imundos, mas definitivamente trará
libertação. O louvor trará libertação desde que os seus ministradores (falamos
da Igreja toda) creiam no poder do Nome de Jesus e vivam em constante unção do
Espírito. Veja bem, a unção sobre o que ministra o louvor é que torna a
ministração abençoadora e, portanto, profética. É a unção que quebra o jugo.
Além disso, podemos ir mais longe. Permitindo a gloriosa presença do Espírito
Santo, haverá operação de poder para libertar. Onde Ele estiver, aí haverá
liberdade.
b)
O Louvor traz a Glória de Deus
De acordo com II Crônicas 5:
1-14 (fazer leitura), Deus aprovou a construção do templo, o lugar onde seria
louvado e adorado, onde também colocaria o seu NOME. No entanto, Deus o aprovou
por causa de como foi feita a consagração e de como em tudo foi obedecido. O
que vemos é:
Consagração – Louvor – Obediência
Em meio ao louvor que glorifica a Deus,
a resposta de aprovação foi que a SHEQUINAH se manifestou: a Glória do
Todo-Poderoso. A manifestação foi tão poderosa que os sacerdotes não conseguiam
ficar em pé no santuário. Que coisa gloriosa! É o poder de Deus! Aleluia! No
texto de II Crônicas 7:1ss, a aprovação de Deus foi manifesta ainda com fogo
que desceu sobre o altar consumindo ofertas e holocaustos. Que coisa tremenda!
O louvor profético de um povo separado
para Deus, obediente ao seu Senhor deverá trazer a SHEQUINAH para o meio da congregação reunida, tanto como a oração
dos crentes em Atos 4: 24-31 trouxe a resposta de Deus e tremor ao local onde
se reuniam. É assim que entendemos o derramar do Espírito em Atos 2. Tudo foi
precedido de uma espera em Deus, movidos pela oração e adoração.
c)
O Louvor traz a
Inspiração da Parte de Deus
Lendo II Reis 3: 15, - “Agora, contudo, trazei-me um harpista. E
sucedeu que, enquanto o harpista tocava, veio a mão do Senhor sobre Eliseu...”
- o tocar da harpa produziu um efeito no profeta Eliseu. Não podemos afirmar
categoricamente que aquele harpista fosse um levita ungido, mas deduzimos que
havia algo de especial naquele instrumentista, senão não o trariam à presença
de alguém como o profeta Eliseu. Se aquele harpista ajudou o profeta a
sentir-se inspirado por Deus, imagine o que não fará hoje um músico ungido e
também cheio do Espírito Santo!
d)
O Louvor Profético traz o Avivamento
De acordo com o texto de Efésios 5:
18-19 – “E não vos embriagueis com vinho,
no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos,
hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”
– quanto mais o Espírito Santo se manifesta em nós, mais somos cheios dEle.
Cremos que o apóstolo Paulo diz que devemos profetizar uns aos outros, não com vidências, mas com
expressões espirituais que exaltam a Deus.
Podem ser: falada – salmos; cantada –
hino; e entoados em “línguas” – cânticos espirituais.
Conforme I Coríntios 14: 14, 15, cantar
em espírito é cantar em outras “línguas”. O apóstolo Paulo escreveu tanto uma
carta como a outra e, por isto, é compreensível crermos assim. Observe, o
louvor profético na Igreja produz o sermos avivados, ou cheios do Espírito de
Deus. Aleluia!
SACERDOTES
QUE PROFETIZAM
I
Pedro 2
5
vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para
serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais,
aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.
6
Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra
angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido.
7
E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a
pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da
esquina,
8
e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra,
sendo desobedientes; para o que também foram destinados.
9
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz;
Ler ainda Apocalipse 1: 5-7
Quando o crente ministra culto a Deus,
com louvor e adoração, está ocupando, nesta nova dispensação que vivemos, a
função de sacerdote. Agora somos reis e sacerdotes, pois reinamos em vida por
Jesus Cristo (Romanos 5: 17). Somos sacerdotes diante de Deus quando o
declaramos como Digno, Rei dos reis, Senhor dos senhores, Único Senhor
Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir, Eterno, Glorioso,
Majestoso e etc. Quando reconhecemos o que Deus é e nos rendemos a Ele, isto é
adoração!
Outrossim, somos profetas quando o
louvor que oferecemos a Deus abençoa a igreja e os homens. Pelo fato de
louvarmos a Deus, isto não quer dizer que nada podemos dizer aos homens. Na
verdade, devemos dizer aos homens o que Deus É e TEM para dar. Isto é Louvor! –
Quando eu digo aos homens aquilo que Deus é e
tem, eu ofereço sacrifício de louvor (Hebreus 13:
15). Os homens, sendo abençoados pela adoração, pelo cântico ou pregação da
Igreja, isto é Louvor!
Perceba bem o que estamos dizendo. A
adoração é a declaração direta e pessoal a Deus. Quando cantamos em espírito,
estamos adorando a Deus, pois as línguas não são entendidas pelos homens.
Segundo a revelação que Deus deu ao apóstolo Paulo, falando em línguas (ou
mesmo até cantando) falamos diretamente a Deus, pois em espírito falamos
mistérios (I Cor. 14: 2). Na adoração, embora conscientes de onde estamos e o
que somos, o Espírito
Santo de Deus nos toca e
oferecemos diretamente ao Pai toda honra e glória que só a Ele é devida.
Podemos, em meio a adoração, glorificar Jesus ou mesmo o próprio Espírito
Santo, uma vez que é Deus. Isto é a profecia em operação. Nos comunicamos com
Deus e Ele conosco. Também somos profetas do louvor, pois abençoamos os homens
com a Palavra de Deus, que nos convida a bendizer ao Senhor, que agora nos abençoou com toda sorte
de bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo Jesus (Ef. 1:3).
ENTENDENDO A LIÇÃO
& Louvor é Declarar o que Deus é aos Homens
& Adoração é Declarar a Deus o que Sentimos
por Ele
& Louvamos a Deus diante dos Homens e todo o
céu
& Adoramos a Deus diante Dele mesmo – O Filho,
O Espírito, O Pai
& Quando Louvamos somos Profetas
& Quando Adoramos somos Sacerdotes
Lição 12
A LIBERDADE NO LOUVOR - II
“Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no
firmamento do seu poder!”
Salmo 150: 1
O
povo que conhece ao seu Deus, sabe como se relacionar com ele pelo louvor,
exaltação e adoração.
INTRODUÇÃO
No capítulo anterior aprendemos um
pouco sobre celebração e festa. Como crentes em Jesus estamos livres para
celebrarmos e festejarmos nossa salvação. Entretanto esta liberdade é do poder
da carne e d satanás. Agora somos livres para escolher obedecer a Deus e
fazê-lo de coração. Temos de louvar a Deus com as regras de Deus e não com as
nossas. Temos de adorar a Deus com as regras dEle e não com as nossas. Há um
plano na Bíblia e é este plano que temos de seguir.
Vamos aprender agora a classificar o
que é cântico de louvor, cântico de celebração, cântico de guerra ou exaltação,
cântico de adoração e quando começa a adoração.
Vamos
seguir esta ordem:
1- Cânticos de
Guerra e Exaltação
2- Cânticos de
Celebração
3- Cânticos de
Comunhão
4- Cânticos de
Louvor
5- Cânticos de
Adoração
6- Adoração em
espírito e verdade
Vamos analisar alguns cânticos, no
entanto, alguns cânticos têm elementos que se misturam. A exaltação, por
exemplo, tem elementos de guerra e também de
celebração, porque para guerrear é preciso celebrar a vitória. Outro
fato é que o que temos acima é só uma parte das definições. Vejamos!
GUERRA
E EXALTAÇÃO
Os cânticos nesta categoria são aqueles
que determinam a derrota de nosso inimigo e declaram o poder de Deus ante todos
os inimigos de Deus.
Antes
de mais nada, a classificação genérica da Guerra e da Exaltação, é que fazem
parte do Louvor (declaração aos outros daquilo que Deus é e tem)
Quando eu canto:
Caiam por terra
agora
Os inimigos de
Deus
Seja estabelecida
a casa do Senhor
Etc...
Ou ainda:
Toma a tua espada
Toma o teu escudo
Se prepare para guerrear
Vamos marchar e avançar!
Etc..
Tais Cânticos declaram vitória e
derrota do inimigo, o Diabo.
Cânticos de guerra trazem libertação e
vitória. Cântico de Guerra é também cântico de vitória. Isto é profecia
poderosa que detona o poder de Satanás.
Os Salmos estão cheios de exemplos de
guerra e exaltação: Faça uma leitura do Salmo 18: 28-49 e ainda Salmo 68.
Nestes textos Deus é exaltado pela vitória que ele dá a Israel, contra o
inimigos do seu povo. O Salmo 47 é outro exemplo. Seria bom o leitor enumerar
os Salmos que contêm estes tipos de cânticos.
CELEBRAÇÃO
E JÚBILO
Os cânticos de celebração se caracterizam
pela sua mensagem festiva e alegre. O propósito deste tipo de cântico é
edificar a Igreja. O plano divino é que seu povo viva em paz, alegria e
liberdade. Por tais razões é que encontramos Salmos como o 92, 93, 95, 96, 97,
98, 99, 100 e etc.
O homem de Deus Moisés, cheio do
Espírito Santo, compôs um lindo cântico de celebração, logo depois de o povo de
Israel ter atravessado o mar Vermelho. Encontramos tal cântico em Êxodo 15. O
povo se alegrou tanto que Miriã, irmã de Moisés saiu com tamboris e danças
celebrando a Deus.
Como foi visto na lição anterior, temos
todos os motivos para celebrarmos ao nosso Deus. Ele é quem nos redime da cova,
nos coroa de justiça e nos faz prosperar. Leitura recomendável para entender
isto é o Salmo 100.
Faz parte da liturgia do culto
pentecostal o celebrar. Até pela Palavra de Deus podemos celebrar: Salmo 119:
172 – “...Celebre a minha língua a tua palavra, pois todos os teus mandamentos
são justos.”
COMUNHÃO
EM AMOR
O apóstolo Paulo trata muito sobre tal
assunto, usando as expressões de amar e preferir um ao outro: Romanos
12: 10; Efésios 5: 21.
A comunhão é parte
importante da vida da igreja. Jesus Cristo nos ensinou que somos conhecidos
como discípulos dele se nos amar-mos uns aos outros:
João 13: 35
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor uns aos outros.
Cântico de comunhão se insere, também,
na categoria de louvor. É um momento em que os filhos de Deus expressam o que
sentem um pelo outro. Isto é louvor! Deve ser profético pois deve abençoar o
nosso irmão em Cristo. Como todo cântico na Casa de Deus, a comunhão deve
expressar nossa obediência e amor à Palavra de Deus.
CÂNTICOS
DE LOUVOR
Os Cânticos de Louvor fazem parte da
categoria, óbvia, do Louvor e têm uma conotação diferente dos anteriores.
Neste cânticos expressamos o que Deus é
e tem, mas nosso propósito é demonstrar isto às pessoas. Quando fazemos um
apelo à conversão, demonstramos ao pecador a misericórdia de Deus e procuramos
levar os pecadores ao arrependimento. Isto é louvor! Está inserido no texto de
Hebreus 13: 15: - “Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.”
Os Cânticos de Louvor glorificam a Deus
diante de sua criatura. Ao mesmo tempo reconhece o poder de Deus em toda parte.
O Salmo 19 é um exemplo disto. Os Salmos 144 a 150 são modelos de Salmos de
Louvor.
Tais cânticos não obedecem a uma regra
quanto a velocidade da melodia. Por exemplo: nós cantamos o Salmo 48, declarando:
Grande é o Senhor
e mui digno de louvor
Na cidade do nosso Deus
Seu santo monte
Alegria de toda terra...Etc..
Jesus Cristo é o motivo.
Da minha canção.
Outra razão eu não tenho
Para cantar... Etc...
Ainda há vários outros exemplos. É só
nos esforçarmos um pouco e logo lembraremos outras mais.
Após ver tais tipos de cânticos, não
podemos nos esquecer que a Bíblia fala também de vários gestos que fazemos
durante o louvor:
1- Palmas: Salmo 47
2- Erguer as mãos: Salmo 63: 4; 134: 2
3- Prostrar-se: I Reis 18 38-39
4- Grito de júbilo: Salmo 42: 4; 66:1 e
98: 4; Esdras 3: 12 etc...
5- Dançar: Salmo 149: 3; 150: 4 e etc...
Podemos enumerar outros. Estamos
localizando estes para que saibamos as referências bíblicas. Porém devemos
lembrar que todas estas coisas fazem parte do Louvor e não da Adoração.
CÂNTICOS
DE ADORAÇÃO
Os Cânticos de Adoração incluem-se na
categoria da adoração. Não é ministração de adoração, é cântico de adoração. É
baseada em composições já feitas. É do Espírito Santo, mas através de alguém
que o Espírito inspirou. Não é algo que flui espontaneamente do espírito de
quem está na igreja. O sentimento que vem nesta hora é espontâneo, não a
melodia. Ela já foi espontânea na pessoa que foi alvo do toque do Espírito
Santo. Vamos entender. O cântico de Maria, em Lucas 1: 46-55 foi algo que veio
do interior de Maria, fruto do fluir do Espírito Santo. Ela cantou por
influência momentânea do Espírito de Deus. Quando alguém, agora, lembrar da
letra deste texto e entoá-lo, estará trazendo um cântico de adoração, definido
como acima.
É preciso lembrar que a adoração em
espírito é algo que flui espontaneamente. A letra e/ou a melodia surgem na hora
do mover do Espírito em nós. Os cânticos de adoração que vemos na Bíblia,
receberam este nome devido a interpretação de quem fez a tradução. Na verdade,
temos os seguintes cânticos, dentre outros:
& De Moisés Þ
Êxodo 15: 1-19
& De Débora Þ Juízes 5: 1-31
& De Davi Þ II Samuel 22: 1-51
& De Isabel Þ Lucas 1: 42-45
& De Maria Þ Lucas 1: 46-55
& De Zacarias Þ Lucas 1: 67-79
& De Paulo Þ Romanos 11: 33-36; Efésios 3: 20-21
Todos estes
cânticos deveriam ser classificados como salmos. São a expressão do membro do
povo de Deus sendo inspirado pelo Espírito Santo em adoração a Deus. Hoje,
portanto, cântico de adoração é o que cantamos com os irmãos em uníssono na
igreja.
EM
ESPÍRITO E VERDADE
Já vimos em lição passada o significado
de salmos, hinos e cânticos espirituais. Mas precisamos entender o significado
de “em espírito e em verdade” de João
4: 24. Já vimos que para adorar em espírito não requer preparação prévia. É
adoração pela fé, que flui do coração do crente. No entanto essa adoração
precisa ser sincera e revestida de integridade de vida. Não podemos brincar de
adoradores. É em verdade!
Atentem bem: adoração no espírito não
quer dizer “histeria”, bagunça e desordem. Na adoração devemos ser sensíveis ao
fato de profetizarmos ao Senhor: abençoá-lo. Muita gente quer ter visões e tem,
porém é fruto de sua mente. Muita gente quer profetizar para os outros e
inventa “recado” de Deus. Isto é adoração em mentira! A profecia e a visão, na adoração, é para a Igreja, do
contrário só edifica a si próprio e, portanto, é pessoal e não coletivo. Deve o
“vaso” estar calado e falar consigo mesmo e com Deus!
Se assim fizermos, nossa igreja será
tremenda! Oh! Glória! Teremos o verdadeiro louvor!
FAZENDO
O QUE DEUS QUER
Vivemos um tempo de liberdade. Cristo
nos livrou da mão do que era mais forte do que nós. Jesus nos disse que se o
Filho nos liberta verdadeiramente somos livres. Porém temos de aprender a viver
em liberdade diante de Deus e não diante de nós mesmos. Vivemos um tempo de
humanismo, onde se diz, podemos fazer o que o nosso coração desejar. Mas, a
Palavra diz: “... agrada-te do Senhor e
Ele satisfará os desejos de teu coração” (Sl 37:4). Isto quer dizer que eu agrado a Deus e depois
Ele me satisfaz. Não sou eu primeiro, mas o Senhor primeiro (Mt 6:33). A
forma de louvar e adorar a Deus são aquelas que Ele expõe em sua Palavra. Nos
pontos anteriores fizemos algumas análises e classificações meramente
didáticas. São importantes para entendermos o plano de Deus, mas a vontade de
Deus é soberana e obedecemos aos planos dEle e não nossos. Somos livres para
obedecermos a Deus em amor. Mas se não houver amor, temos de obedecer. Não é
uma escolha é um dever! A escolha em obedecer me faz abençoado, mas obedecer
só, sem prazer, me torna apenas cumpridor do meu dever.
O apóstolo Paulo diz em duas ocasiões:
1) I Coríntios 9:16-17 - 16 “Pois, se
anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa
obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Se, pois, o faço de
vontade própria, tenho recompensa; mas, se não é de vontade própria, estou
apenas incumbido de uma mordomia”.
2) II Coríntios 9:7
– “Cada um contribua segundo propôs no seu coração;
não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com
alegria”.
Em
ambos os textos o apóstolo ressalta a generosidade em fazer aquilo que é
obrigação. Devo fazer, mas meu coração o faz porque amo a Deus! Este é o
sentimento que deve existir. Assim também no que se refere ao louvor.
Entendamos
bem isto vendo o que aconteceu com David quando quis levar a arca do concerto
para Jerusalém (ler os textos de 2 Sm 6: 1-23; 1 Cr 13: 5-14, 15:1-29). A
primeira vez que intentou fazê-lo logrou em morte de Uzá, por que? David
escolheu um carro novo e colocou a frente deste carro a Uzá e Aiô. Certamente
David pensou estar fazendo algo de coração, pois colocou aqueles dois moços
importantes a frente, mas aquilo era o coração dele, não o plano de Deus. O
Senhor já havia determinado que somente os levitas, filhos de Coate, levariam a
arca e nos ombros(Ex 25:14; Nm 4:15; Dt 10:8, etc). Quando David percebeu isto,
tomou a decisão de fazer o que Deus quer e ponto final. Mas algo de especial
aconteceu. Seguindo os planos de Deus, David o fez com alegria e muita alegria.
Resultado: tanto ele como todos os da sua casa foram abençoados.
Nós
não podemos fazer algo para Deus só porque queremos, temos de fazer como ele
quer. Nós desejamos fazer, mas seguimos os planos dele como Ele exige. O
Espírito Santo é que nos guia em toda a verdade. O Espírito Santo é Deus em nós
nos dizendo o que ele quer. O Espírito testifica com o nosso espírito, pois ele
sabe qual é a intenção de Deus. Ninguém sabe melhor as coisas do homem senão o
espírito do homem e ninguém sabe melhor as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus. É o apóstolo Paulo que esclarece isto e continua dizendo que nós não
temos recebido o espírito que provém do mundo, mas sim o Espírito que vem de
Deus. Temos de começar a ouvir a voz do Espírito, mas se não ouvirmos essa voz
temos de seguir os planos de Deus em sua Palavra. Se o Espírito não fala nada é
porque está tudo na Palavra. Se alguma coisa que o Espírito falar e nos parecer
nova, de qualquer forma terá um fundamento na Palavra. Deus tem de seguir sua
Palavra, porque foi ali que Ele expressou sua vontade para nós.
LOUVOR
E ADORAÇÃO – VONTADE DE DEUS
Depois do exposto acima devemos
entender que louvar e adorar a Deus não é um convite, nem uma escolha, é a
vontade de Deus. Fomos feitos para o louvor da sua glória. É para isto nossa
existência. Vejamos estas palavras:
- Louvai! - Aleluia! -
Exaltai - Prostrai - Adorai
- Cantai - Erguei as mãos -
Tributai ao Senhor - e
etc...
Todas estão no imperativo e expressam
um desejo, uma vontade (Ef 6:6 1Ts 5:18). Foram palavras inspiradas por Deus
àqueles que escreveram sua Palavra. Estas coisas, além de outras, que se
referem ao louvor são a expressa vontade de Deus. Se não sentimos desejo, temos
de fazê-las, pois não dependem de nossos sentimentos e vontade. Mas se as
fizermos como nossa vontade e com alegria, então seremos abençoados.
Então:
Louvemos e Adoremos ao Senhor!
CONCLUSÃO
O presente Estudo, deve ter uma
conclusão geral, onde todas as classes deverão estar reunidas para um
fechamento. Por ora, vejamos algumas coisas importantes, abordadas neste
livreto.
Deus tem um plano de vitória para o
povo de Deus. Este plano já está determinado. Quando Jesus Cristo viveu e
morreu, ele venceu o pecado. Primeiro porque não pecou e segundo porque sua
morte cancelou o pecado que era sobre nós. Temos vitória em Cristo sobre o
pecado.
Quando Jesus ressuscitou, ele
conquistou vitória sobre a morte e nos garantiu vida em seu Nome. Mas a vitória
total de Jesus foi sua ascensão, quando colocou debaixo de seus pés todo
principado e potestade, bem como todas as coisas presentes e futuras. Ele agora
é o Vitorioso. De acordo com Efésios 2: 6 essa vitória nos foi dada pelo fato
de Deus nos ter feito assentar nas regiões celestes em Cristo Jesus. É por isto
que o apóstolo Paulo nos diz em I Coríntios 15: 57: “..mas graças a Deus, que
nos dá a vitória em Cristo Jesus.”
É por esta vitória já conquistada que
temos o louvor. É por isto que o Louvor é Arma de Guerra. É por isto que o
Louvor é Arma de Vitória!
Tendo entendido isto, não nos
esqueçamos que os motivos que temos hoje para o louvor, são maiores e melhores
do que durante a dispensação do Velho Testamento. Lá, homens e mulheres estavam
abençoados, mas não eram habitação permanente do Espírito Santo. Hoje, somos
Casa Espiritual, Sacerdócio Real, Povo Adquirido, Templo do Senhor. Podemos e
devemos oferecer a Deus coisas melhores que o povo de Deus do Velho Testamento.
Isto não quer dizer que não vamos ministrar mais o louvor, mas que vamos
caminhar para uma melhor adoração. Quando Jesus disse à mulher samaritana o que
encontramos em João 4: 20-24, ele não estava mudando o louvor. Ele disse que
estava trazendo uma verdadeira adoração. Adoração e louvor são coisas
diferentes, embora tenhamos Deus como meta. Foi isto que aprendemos nestas
lições. Jesus não aboliu o louvor, ele aperfeiçoou a adoração. Isto quer dizer
que vamos continuar louvando a Deus, mas vamos caminhar sempre para o melhor; o
melhor é a adoração: em espírito e em verdade.
Aprendemos aqui que o Ministério de
Louvor, é o ministério de toda a igreja. Quando temos um grupo que lidera a
igreja no louvor e adoração, devemos entender que aquele grupo faz parte do
ministério profético da música ou do louvor. Mas perceba bem: é ministério
profético!
O aluno destas lições não deve mais
esquecer que o louvor deve ser profético e a adoração, sacerdotal. O louvor profético
deve abençoar homens e o nosso Deus. Louvor é bênção!
Quanto à nossa liberdade, devemos
entender que somos livres para louvar e adorar a Deus, mas não devemos dar
ocasião à carnalidade. Dar ocasião a carnalidade, pode ser tanto no louvor
quanto na adoração. Quando eu louvar ao Senhor e não houver sinceridade e
santidade em meu coração, o que eu fizer com o corpo no louvor será fruto da
carne e corro todas as chances de cometer torpeza e carnalidade. Quando eu
adoro a Deus, mas não há verdade em minha vida, não ando em retidão, tenho
todas as chances de adorar em espírito e mentira: isto é carnalidade.
Mediante estes estudos, vamos entender
o seguinte:
1º) Precisamos louvar e adorar a Deus
com alegria, mas deve haver seriedade na ministração;
2º) Festejar e celebrar ao Senhor deve
ter uma motivação sincera em nosso coração;
3º) Devemos andar em liberdade e
quebrar todas as tradições e formalismos, especialmente no louvor;
4º) Se quando servíamos ao pecado
éramos jubilosos e alegres, embora ignorantes e cegos para Deus, devemos fazer
melhor agora que temos a verdadeira alegria e o verdadeiro júbilo dos santos.
5º) Celebrai com júbilo ao Senhor!
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